![]() 02/07/2025 22h26
Quando o crescimento da empresa ignora a base que sustenta tudo
Tem coisa que só aparece quando já está virando problema.
O abastecimento de água é uma delas. Enquanto tem, ninguém questiona. Mas basta a primeira caixa não encher, ou a pressão começar a oscilar sem explicação, que a pergunta surge: será que nossa estrutura foi pensada para o tamanho que temos hoje?
Muitas unidades industriais nasceram pequenas, pensadas para operar com poucos processos e poucas pessoas. À época, tudo fazia sentido. O projeto hidráulico seguia o padrão de uma casa grande. Cano de 25mm, tubulação rasa, sem previsão de expansão. Nenhum reservatório, nenhum sistema de compensação. E ninguém falava em gestão de rede.
Mas a empresa cresceu. O fluxo aumentou. A demanda é outra. E a estrutura… ficou.
Hoje, há setores que passam por desabastecimento recorrente. A água não tem força suficiente para subir. Em algumas caixas, ela simplesmente não chega. Há locais onde a pressão some nos horários de pico. E o mais grave: ninguém sabe exatamente onde estão todos os ramais. Os registros se perderam com o tempo, os reparos foram improvisados, e o mapeamento nunca foi atualizado.
O problema não é só técnico. Ele é estratégico. Sem água, a operação para. Sem controle, o risco aumenta. Sem previsão, o colapso é questão de tempo.
Mas não adianta culpar o passado. O que precisa é atitude no presente. Então, o que pode ser feito?
Passo a passo para evitar o colapso hidráulico em unidades industriais que cresceram sem planejamento:
1. Levantamento da rede existente Começa com o básico: mapear tudo que já existe. Identificar visualmente, documentar, desenhar a rede. Onde começa, por onde passa, onde termina. Vale envolver equipe técnica e antigos funcionários que participaram de manutenções. Toda informação importa.
2. Diagnóstico de pressão e vazão Fazer medições em pontos estratégicos. Comparar os dados com o mínimo necessário para funcionamento adequado de caixas, banheiros, chuveiros, sistemas de climatização e abastecimento humano. Ver onde a pressão cai e quais os horários críticos.
3. Análise da criticidade operacional Mapear quais setores são mais afetados e quais não podem, de forma alguma, sofrer desabastecimento. Isso ajuda a definir prioridades na hora de redimensionar a rede.
4. Elaboração de projeto de ampliação Contratar ou envolver engenharia para redesenhar o sistema. Incluir reservatórios elevados, pressurizadores, válvulas de retenção e linhas de maior diâmetro (50mm, 75mm, 100mm), conforme a demanda. Esse projeto precisa prever crescimento futuro, e não apenas apagar o incêndio do presente.
5. Plano de execução em etapas Nem sempre é possível fazer tudo de uma vez. Então divide por fases. Começa pelo que mais dói. Instala um reservatório temporário. Reforça a linha de abastecimento de áreas críticas. Troca os trechos de tubulação mais finos por bitolas adequadas. E vai avançando.
6. Gestão e controle permanente Depois que resolver, não abandona mais. Cria rotina de vistoria. Monitora consumo. Padroniza manutenção. E guarda os registros. Porque a água que ninguém vê... é a mesma que sustenta tudo.
Esse tipo de problema é silencioso. Mas quando estoura, expõe tudo que foi ignorado.
Empresa que se enxerga apenas no presente está presa no passado. Empresa que cresce com responsabilidade sabe que estrutura é mais do que cimento e parede. É decisão.
E tu, já paraste pra pensar como está tua rede de água?
Publicado por Monet Carmo em 02/07/2025 às 22h26
29/06/2025 15h54
Quando a liderança decide descer, para o GEMBA
Tem coisa que a gente só entende quando vê com os próprios olhos. E mais ainda: quando sente com os próprios pés. Fazer um GEMBA não é bater ponto no campo pra dizer que participou. É escolher descer. Escolher escutar. Escolher olhar pra realidade como ela é — e não como os relatórios tentam emoldurar. Descer uma mina subterrânea pra acompanhar uma rotina operacional, que pra muita gente parece “só mais um serviço de apoio”, mostra uma verdade incômoda: tem gente que cuida da estrutura de conforto dos outros, sem ter nem estrutura mínima pra fazer o seu trabalho com segurança. A operação envolvia um colaborador sozinho, num veículo leve, responsável por higienizar e abastecer as câmaras de hidratação. Ele dirige, opera rádio, interpreta mensagens em tempo real, desce rampas de tráfego misto com jumbos, robôs, caminhões… tudo junto. E nem sempre o que se fala no rádio é o que ele encontra na frente. A via é uma só. O risco é coletivo, mas a responsabilidade cai em cima de quem tá no trecho. Durante a descida, a gente viu VL circulando com farol alto, outros com farol traseiro aéreo que cega o condutor de trás. Tinha cano mal sinalizado, degrau estreito, batente de concreto sem pintura. Tinha câmera de recuperação com lixo acumulado, bomba d’água exposta atrás da parede, condensadora coberta de poeira grossa. Tinha escada que exige que o pé fique de lado pra descer. Tinha área de evacuação obstruída por caixa, pallet e resto de obra. E mesmo assim... o serviço acontece. A pergunta que fica é: até quando a gente vai chamar isso de normal? Não precisa criar um grande projeto pra resolver tudo de uma vez. Mas precisa, sim, criar coragem pra reconhecer que há riscos invisíveis que só aparecem quando alguém decide descer com o olhar certo. O GEMBA não é uma inspeção. É um gesto. É dizer com o corpo que quem está no campo importa. É parar de mandar os outros melhorarem o que a gente nunca teve coragem de ver de perto. É entender que o conforto, a saúde e a segurança de quem opera não são detalhes. São parte da produtividade. São parte da dignidade. Não tem fórmula, não tem glamour. Tem o que precisa ser feito. Descer é isso: se comprometer com a verdade. Publicado por Monet Carmo em 29/06/2025 às 15h54
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 29/06/2025 10h09
🔦 1º GEMBA Walk de Facilities – Filosofia Lean na Veia
🔦 1º GEMBA Walk de Facilities – Filosofia Lean na Veia
Ontem eu desci a mina com minha equipe de Facilities da superfície. E não foi só um GEMBA. Foi um reencontro com o propósito.
Fomos ver de perto o trabalho de quem cuida das câmaras de hidratação. Gente que entra todo dia naquele calor, naquela rocha, com coragem e compromisso… E ali, no meio da terra, a gente viu mais do que processos; viu gente de verdade, trabalhando com dignidade.
E eu vi o brilho nos olhos da minha equipe.
Elas olharam com respeito pra quem faz o trabalho lá embaixo e entenderam, no corpo, que nosso papel na superfície é gigante. A gente cuida do lugar pra onde essas pessoas voltam depois de horas de esforço.
Não é só um banheiro limpo. Não é só uma sala organizada. É acolhimento. É cuidado. É descanso. É respeito.
Facilities não é suporte. É a base invisível que garante que tudo continue de pé.
A gente precisa entregar o melhor ambiente possível pra quem tá colocando o corpo na operação. Porque quem trabalha na mina não volta pra superfície pra passear… volta pra respirar. E isso tem que ter valor.
Esse é o tipo de Facilities que acredito. Que sente. Que enxerga. Que se importa.
Porque no fim, não é sobre limpeza… É sobre gente.
#FacilitiesComPropósito #GembaWalk #MinaSubterrânea #RespeitoÀRotina #OrgulhoDeSerFacilities #FilosofiaLean #CuidadoÉGestão #lean #Facilities #liderança #gestãodeprocessos #melhoriacontinua Publicado por Monet Carmo em 29/06/2025 às 10h09
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 21/06/2025 09h47
Livre e em PAZ...
Teve um dia que eu me cansei. Cansei de esperar mensagens que só vinham quando o outro queria lembrar que eu existia. Cansei de ser “importante” só da boca pra fora, quando na prática eu era só um escape, um corpo, uma lembrança na galeria de fotos.
Eu tive que entender na marra que saudade não é prova de amor. Que quem te quer mesmo, vem inteiro — não só quando está entediado.
Ele me mandou uma foto íntima minha, como se tivesse esse direito. Como se eu ainda estivesse lá, disponível. Mas eu não estou. Não mais. Bloqueei tudo. Instagram, WhatsApp, LinkedIn. E quando ele reapareceu, meses depois, perguntando onde eu morava, eu entendi que o ciclo só fecha quando a gente diz: basta.
Hoje eu respondi. Fria. Clara. Firme. E sabe… eu tô leve. Leve como esse sol entrando pela janela da minha casa. Leve como quem deixa pra trás tudo que já pesou.
Eu tô livre. E pela primeira vez em muito tempo, tô em paz. Publicado por Monet Carmo em 21/06/2025 às 09h47
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Manifesto de Amor-Próprio de uma mulher que já amou demais
Eu, que já me entreguei inteira sem receber nem metade, declaro, a partir de hoje, que me escolho. Com todos os excessos. Com todas as lágrimas que calei. Com todo o amor que dei.
Eu sou aquela que ama forte, mas agora aprendo a amar com fronteira. Eu não sou abrigo de quem não quer ficar, nem trampolim de quem só quer pular minha história.
Não aceito mais ser a mulher que resolve, que salva, que espera. Eu quero ser a mulher que vive, que ri, que é amada — na mesma medida em que ama. Chega de planos feitos sozinha. Chega de desculpas inventadas por dois.
Eu não tenho vergonha das minhas quedas, mas hoje, escolho cair para dentro — não mais para trás. Se for pra doer, que seja de tanto rir. Se for pra chorar, que seja de gratidão.
Eu deixo partir quem não soube ficar. Eu deixo ir quem não soube me escolher. E se for pra voltar, que venha com verdade, com peito aberto e pés descalços.
A partir de hoje, eu sou a minha prioridade. Meu colo, meu abraço, meu recomeço. Eu mereço um amor que não precise me esconder. Um amor que não me castre. Um amor que fique — e não fuja.
Esse manifesto é meu. E ninguém tira de mim a força que aprendi — sangrando. Publicado por Monet Carmo em 21/06/2025 às 09h43
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