![]() 22/04/2025 21h09
Tem gente que escolhe não por amor... mas por medo.
Medo de não ter com quem dividir o domingo, de não ter alguém pra ligar na volta pra casa, de não ter quem diga “boa noite” mesmo que sem vontade. E aí escolhe... escolhe errado. Escolhe porque precisa preencher, não porque deseja compartilhar.
A solidão tem esse poder cruel: faz parecer que qualquer presença é companhia. E é aí que mora o engano. Porque quando a gente escolhe no susto de estar só, a gente se esquece do que merece. Aceita o que antes diria “nunca”. Tolera o que antes julgaria “inadmissível”.
Fica. Porque sair parece pior. Porque começar de novo assusta mais do que continuar fingindo que está tudo bem.
Mas ninguém avisa que a dor de estar só é aula... e a dor de estar mal acompanhado é prisão. Estar solteiro machuca, mas é cura. Estar preso num vínculo errado apodrece por dentro.
A gente precisa aprender que a solidão não é castigo. Às vezes, é trégua. É o intervalo necessário pra reaprender a se amar... sem precisar se vender barato pra ninguém. Publicado por Monet Carmo em 22/04/2025 às 21h09
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 21/04/2025 13h20
Quando a morte ensina a continuar... mesmo sem querer
Por Simone — que já enterrou pedaços de si, mas nunca a sua vontade de viver com verdade.
Eu estive com meu pai uma semana antes dele morrer. Eu pude me despedir. Pude olhar nos olhos dele, viver momentos que ninguém vai tirar de mim. E isso, por mais dolorido que seja lembrar, é também um presente. Porque eu vivi. Eu estive. Eu segurei a mão dele… antes do fim.
A minha irmã Magali, não. Ela se foi um dia depois do meu aniversário. E desde então, dia 13 de março deixou de ser só uma data. Virou lembrete. Virou cicatriz. Virou um marco entre o que eu era… e o que precisei me tornar.
Hoje eu sei que posso perder tudo. A qualquer momento. Mas também sei que a vida não vai parar por isso. Porque a vida — essa máquina quente e bruta — vai continuar girando, mesmo que o nosso mundo particular esteja em ruínas.
A gente romantiza demais a força. Mas ninguém é forte porque quer. A gente é forte porque a morte nos ensinou que não tem volta. E que ou a gente segue… ou se deixa apagar junto.
Tem gente que vai morrer e vai deixar um vazio de amor. Outros vão deixar um alívio, triste, mas real. Porque havia dor, conflito, cobranças que nunca cicatrizavam.
A morte, no fundo, é um espelho. Ela revela tudo o que ficou mal resolvido. O “eu podia ter ficado mais”. O “eu devia ter escutado melhor”. O “por que eu nunca abracei mais forte?”
A vida é um jogo. Um jogo injusto, às vezes. De perdas, de ensaios, de personagens. Mas também de escolhas reais. E a gente joga com o que tem.
Jesus também teve que enfrentar o deserto. E ele não saiu de lá intacto. Saiu outro. Machucado, duvidoso, mas inteiro de si.
Essa história de que só amadurece quem sofre pode ser cruel… Mas quem já passou pelo luto sabe: Há coisas que só a dor ensina. Não porque ela é mestre. Mas porque ela cala o mundo ao redor… E tudo o que sobra é a gente com a gente mesma.
Eu continuo. Mesmo sem eles. Mesmo com eles. Mesmo por eles.
Porque a vida… não me espera. E a morte… me ensinou a não desperdiçar mais nada. Publicado por Monet Carmo em 21/04/2025 às 13h20
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 21/04/2025 11h59
“Ama e faze o que quiseres” — disse Sto Agostinho. E eles fizeram.”
Há encontros que não precisam de tradução.Nem legenda. Apenas acontecem… e nos lembram que o amor verdadeiro pode, sim, ocupar cargos altos — sem deixar de ser chão.
Francisco e Mujica. Dois homens que não buscaram o poder. Mas, quando chegaram até ele, decidiram usá-lo para servir.
Quando Santo Agostinho escreveu “Ama e faze o que quiseres”, ele não falava de um amor qualquer. Era o amor que move. Que age. Que é causa. Que é coragem.
E é esse amor que habita o gesto simples dessas fotos. Um abraço que não é político. É espiritual. Um aperto de mãos que não sela acordos de gabinete… mas compromissos com o humano.
Francisco veio da América do Sul, como Mujica. Ambos pobres de ambição, mas ricos de alma. Ambos com os olhos voltados pros últimos — os esquecidos, os exilados, os famintos, os silenciados. Ambos escolhendo a renúncia como forma de grandeza.
Agostinho dizia que “a medida do amor é amar sem medida”… E talvez por isso Mujica nunca precisou de ternos caros pra ser ouvido. E talvez por isso Francisco nunca precisou da ostentação papal pra ser respeitado. Eles são o lembrete vivo — ou foram, e continuam sendo — de que a fé e a política não precisam andar de costas uma pra outra. Quando há verdade no coração… tudo se comunica.
Hoje, ver essa imagem é como reler um versículo encarnado: “O amor é a única medida que não se mede.”
Que o mundo não esqueça: Os verdadeiros gigantes andam devagar. Vestem-se com simplicidade. E deixam rastros de humanidade onde pisam. Publicado por Monet Carmo em 21/04/2025 às 11h59
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 21/04/2025 09h02
Papa Francisco - E a tristeza do mundo nesse 21/04/25.
Hoje… uma tristeza silenciosa tomou conta do mundo. Alguns mais sensíveis já sentiam, né? O cansaço nos olhos… a força forçada pra sorrir… e aquela coragem de seguir mesmo com o corpo já pedindo descanso.
Ele foi corajoso até no último dia. E foi no domingo da ressurreição… Abençoou o mundo uma última vez — e, dessa vez, quem o segurou foi o Cristo ressuscitado… No colo de Deus Pai.
E o mundo… sentiu isso. De algum jeito. Não dá pra explicar. Não dá pra justificar com palavras… Só… pesa.
Mesmo com todas as divergências, ele era diferente. Fazia a gente acreditar que ainda existia, sim, uma espiritualidade possível… Mais humana, mais pé no chão, mais próxima do povo. Mais imperfeita — e, por isso mesmo, mais verdadeira.
Talvez por isso doa tanto hoje. Porque ele partiu… e o mundo ficou um pouco mais frio. Mais duro. Menos sensível. Publicado por Monet Carmo em 21/04/2025 às 09h02
16/04/2025 13h34
Comentário dos mais lindos que já recebi...
........... Publicado por Monet Carmo em 16/04/2025 às 13h34
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