![]() 14/06/2025 15h05
E sobre não me esconder mais...
................. Publicado por Monet Carmo em 14/06/2025 às 15h05
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 10/06/2025 22h17
Descobri que sou neurodivergente. Não tarde demais, mas quase.
Passei boa parte da minha vida acreditando que eu era o problema. Ou intensa demais. Ou desorganizada demais. Ou rápida demais pra um mundo que gosta das coisas em fila indiana.
Até que veio o nome: neurodivergente. Não como rótulo, mas como chave. E tudo fez sentido.
As crises de exaustão sem causa aparente. A hipersensibilidade às luzes, aos sons, às pessoas que falam alto e pensam pequeno. A necessidade de silêncio profundo, logo depois de um momento de euforia criativa. A dificuldade em seguir regras que não fazem sentido, mas que todo mundo parece aceitar sem pestanejar.
Meu cérebro não é linear. Não caminha. Ele salta. Intui. Conecta. E às vezes trava, por excesso de estímulo, de cobrança, de barulho.
O nome neurodivergente não me limita ele me explica. Ele não me reduz. Ele me liberta de um esforço constante para ser aquilo que os outros chamam de “normal”.
Mas deixa eu te contar uma coisa que ninguém fala: Descobrir isso na vida adulta não vem só com alívio. Vem com luto. Vem com raiva. Vem com perguntas sem resposta, como: "E se tivessem me entendido antes?" "Quantas crises poderiam ter sido evitadas?" "Quantas vezes fui chamada de difícil, quando eu só era diferente?"
A sociedade não é gentil com o que ela não compreende. E a neurodivergência esse jeito diferente de existir muitas vezes é percebida como erro. Mas não é erro. É outra linguagem. Outro compasso. Outro mundo que pulsa debaixo da superfície.
Hoje eu me aproximo de mim com mais ternura. Eu entendo por que o cansaço. Por que a confusão. Por que a intensidade. Por que a solidão mesmo em meio à multidão.
Sou neurodivergente. E isso muda tudo.
Não porque muda quem eu sou. Mas porque me dá o direito de ser, sem precisar me consertar o tempo todo. Publicado por Monet Carmo em 10/06/2025 às 22h17
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 08/06/2025 16h48
Quando a Segurança Estrutural Não Está na Superfície: O Que as Barragens de Terra Ensinam à Mineração Subterrânea
Foi uma semana de muito aprendizado...
📍 Por alguém que vive o chão e entende que o detalhe técnico pode salvar vidas.
A construção de barragens de terra é uma engenharia que fala de contenção, pressão e responsabilidade. Mas o que isso tem a ver com a rotina de uma mina subterrânea, onde o trabalho é abaixo do solo, entre galerias e frentes de serviço?
Tudo.
Enquanto o barramento em superfície exige maciço com núcleo impermeável, controle de compactação em camadas, filtros bem dimensionados e monitoramento contínuo com piezômetros, inclinômetros e marcos topográficos... na mineração subterrânea, os riscos são os mesmos — só mudam de direção.
👷♂️ O que aprendemos com as rupturas de barragens pode (e deve) ser aplicado ao subsolo.
A instabilidade de taludes, comum em barragens, encontra seu paralelo nas câmaras de lavra e escavações profundas;
O piping, falha causada pela erosão interna, se assemelha às infiltrações e colapsos por pressão de lençóis freáticos não controlados;
A colmatagem de filtros, quando mal projetados, pode inspirar o cuidado com drenagens e canalizações no subsolo.
📉 O que é um "FS" (Fator de Segurança) na superfície é também nosso termômetro no subterrâneo. Mas a pergunta é: estamos monitorando com a mesma diligência?
⚠️ 3 Lições das Barragens que a Mineração Subterrânea Precisa Internalizar:
1. Projeto não é só papel: Um núcleo argiloso em uma barragem tem o mesmo papel de uma boa contenção em túnel: segurança e durabilidade. O que não se vê, pode colapsar.
2. Filtro sem critério é convite ao desastre: Na barragem, seguimos Tezaghi para evitar entupimento e rupturas. No subsolo, negligenciar a granulometria dos materiais usados em drenagem pode ser fatal.
3. Instrumentação é vida: PZ, INA, IN... Não são siglas bonitas para o relatório — são dispositivos que avisam, com antecedência, quando algo vai dar errado. A pergunta é: estamos ouvindo?
🌍 Conclusão
Se barragens como Mariana e Brumadinho deixaram lições amargas, que elas nos sirvam também para ampliar o olhar no subterrâneo. Porque a engenharia que respeita o tempo e o solo, constrói não apenas estruturas — mas confiança.
Que a próxima ruptura, seja apenas de paradigma.
#Geotecnia #MineraçãoSubterrânea #EngenhariaResponsável #Barragens #SegurançaEstrutural #FacilitiesNaMina
Publicado por Monet Carmo em 08/06/2025 às 16h48
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. 07/06/2025 15h55
A Sociedade do Cansaço, de Byung-Chul Han.
Li duas vezes o mesmo livro antes de conseguir escrever sobre ele. E só depois da segunda leitura percebi que o que ele provoca não é só entendimento é espelho.
O livro é A Sociedade do Cansaço, de Byung-Chul Han. Um ensaio curto, mas brutal.
Han não escreve para entreter. Ele expõe. Com frases enxutas, ele desmonta a ilusão de liberdade em que vivemos: a de que somos livres porque podemos tudo — quando, na verdade, estamos presos ao ideal de sermos tudo. Esgotados. Ansiosos. Viciados em produtividade.
Ele chama isso de violência da positividade. O novo regime não nos oprime — nos estimula. Não diz "tu deves", diz "tu podes".
E é aí que mora a armadilha: ➡️ Se tudo é possível, o fracasso é culpa tua. ➡️ Se não performas, não produzes, não dá conta… o erro és tu.
O autor não oferece soluções rápidas. Ele sugere silêncio, tédio, pausa. Ele aponta o ócio não como desperdício, mas como resistência.
Ele grita, com ternura filosófica: “Talvez o maior ato político hoje seja parar.”
Depois de ler duas vezes, entendi que não era só sobre o mundo lá fora — era sobre mim. Sobre o cansaço que não passa com sono, sobre a cobrança de parecer bem mesmo exausta, sobre o perigo de confundir desempenho com existência.
Será que o teu cansaço também tem outro nome? Será que estás tentando ser incansável para caber num mundo que adoece quem sente?
Se tu também já te sentiste esgotado tentando “dar conta de tudo”, me conta: o que te salva nos dias em que até respirar parece tarefa?
#ByungChulHan #SociedadeDoCansaço #FilosofiaContemporânea #SaúdeMental #Reflexão #CulturaDoDesempenho #Autenticidade #Pausa #Produtividade #LinkedInReflexivo Publicado por Monet Carmo em 07/06/2025 às 15h55
01/06/2025 21h47
LinkedIn: Nem sempre o que mais nos cansa é o excesso de trabalho. Às vezes, é o excesso de silêncio.
Nem sempre o que mais nos cansa é o excesso de trabalho. Às vezes, é o excesso de silêncio.
Durante anos, aprendi a sobreviver sendo competente. Ser eficaz virou minha armadura. Saber lidar com tudo — desde crises técnicas até relações humanas desequilibradas — me colocou em lugares de destaque, mas também me levou a um tipo de solidão funcional.
Recentemente, decidi fazer um experimento: e se eu tratasse a mim mesma como trato os projetos que entrego? Com revisão. Diagnóstico. Pareto. Plano de ação.
O resultado foi um choque... e um alívio.
Percebi que: 🔸 Eu compensava falta de reconhecimento com mais entrega. 🔸 Confundia ser forte com nunca mostrar cansaço. 🔸 Adiava meus limites para manter ambientes “funcionando”.
Então redesenhei minha lógica de atuação — em mim e no trabalho.
Reduzi o que me drena: • Reexplicar o óbvio para quem não escuta • Assumir responsabilidades emocionais que não são minhas • Ser a “coluna” em ambientes sem reciprocidade
Potencializei o que me fortalece: • Escrever com profundidade, com alma e estratégia • Fazer análises que antecipam falhas — e não apenas consertá-las • Dizer “não” com coragem e sem culpa
Esse é meu novo ciclo: 🌿 Menos desgaste, mais inteireza. 🛠️ Menos urgência, mais estratégia. 🧠 Menos obediência, mais presença.
Nem tudo precisa de mim inteira. E cuidar de mim não me faz menos profissional — me faz sustentável.
Se você também está nesse momento de recalibrar suas forças, saiba:
💬 você não precisa aguentar tudo pra ser respeitada. Às vezes, o verdadeiro respeito começa quando a gente para de aceitar tão pouco.
#Autoliderança #Recalibração #GestãoDeEnergia #Facilities #MulheresNaLiderança #ReflexãoExecutiva #ProfundidadeEstratégica #LinkedIn Publicado por Monet Carmo em 01/06/2025 às 21h47
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