... Expressividade ...

"Decifra-me mas não me conclua, eu posso te surpreender! - Clarice Lispector

Meu Diário
15/06/2025 13h03
Qual a diferença entre neurodivergente e superdotação?

Essa distinção é essencial — especialmente pra quem, vive a interseção entre os dois mundos.

🧠 NEURODIVERGÊNCIA

É um termo guarda-chuva que engloba formas de funcionamento cerebral diferentes do padrão neurotípico. Ou seja, o cérebro processa, percebe, sente e responde ao mundo de maneira diferente do que a sociedade considera “normal”.

Exemplos de neurodivergência:

  • TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade)

  • Autismo (TEA)

  • Dislexia, disgrafia, discalculia

  • Tourette

  • Transtornos do processamento sensorial

  • Altas habilidades/superdotação (sim, alguns especialistas consideram superdotação uma forma de neurodivergência)

⚠️ A neurodivergência NÃO é uma doença.
É uma variação neurológica natural que precisa ser compreendida e respeitada não corrigida ou medicada à força.

🌟 SUPERDOTAÇÃO (Altas Habilidades)

É uma expressão específica de funcionamento cerebral que envolve:

  • Raciocínio extremamente veloz

  • Alta sensibilidade (emocional e sensorial)

  • Curiosidade intensa e pensamento crítico

  • Capacidade de fazer conexões complexas rapidamente

  • Criatividade fora do comum

  • Hiperfoco em temas de interesse

  • Senso de justiça e empatia elevados

💡 A superdotação não se resume a QI alto.
Inclui inteligência emocional, artística, criativa, motora… O Brasil reconhece várias áreas de manifestação (Portaria nº 1.298/2018 do MEC).

✳️ Diferenças principais entre Neurodivergência e Superdotação:

🤝 E quando é os dois?

Aí temos a dupla excepcionalidade: quando uma pessoa é superdotada e neurodivergente ao mesmo tempo

  • Pode ser criativa, brilhante, profunda e ao mesmo tempo esquecida, ansiosa, impulsiva.

  • Pode amar saber tudo sobre o mundo, mas travar diante de uma simples demanda do cotidiano.

  • Pode se sentir incompreendida, porque uma parte tua te impulsiona e outra te freia.

Isso exige apoio psicológico especializado, autocompreensão e construção de ambientes que respeitem seu ritmo único.


Publicado por Monet Carmo em 15/06/2025 às 13h03
 
15/06/2025 09h20
🍀✨️É estranho...

 

 

É estranho..

 

quase triste, quando tu já não consegue mais se colocar de verdade naquilo que um dia te fazia vibrar. Ler, escrever, pintar, cantar, dançar, jogar, caminhar sem rumo… tudo isso já foi o teu refúgio. Te salvava quando o mundo parecia grande demais pro que tu dava conta de carregar.

 

E tu lembra, né? O quanto tu sorria quando fazia essas coisas. Tinha brilho. Tinha vida. Tinha verdade. E agora? Agora tu só sente o vazio… como se a chama que um dia queimava bonito dentro de ti tivesse apagado. Não sabe quando começou a sumir, mas sabe que sumiu. E ninguém te preparou pra esse tipo de silêncio.

 

Eu sei. Sei que dói não saber por onde começar, nem como trazer de volta o que um dia te acendia por dentro. Todo mundo fala que é só fazer de novo. "Volta a praticar, que uma hora o amor volta." Mas não é assim que funciona. Tu não pode se obrigar a amar o que, no momento, já não pulsa.

 

Tu não tá quebrada. Tu só tá cansada. Respira. Para de se cobrar. Dá um tempo pra ti. Deixa o corpo lembrar do que gostava sem pressão, sem roteiro. Pode ser que tu te sinta perdida no começo e tá tudo bem. Porque o que é teu de verdade nunca vai embora. Só dá um tempo.

 

E mesmo que tu fique longe por um tempo, eu te juro: aquilo que tu ama de verdade vai sempre ter um cantinho reservado, esperando tua volta. E quando tu voltar, vai ser como voltar pra casa.


Publicado por Monet Carmo em 15/06/2025 às 09h20
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14/06/2025 15h09
Tem gente carregando pesos que tu não vê.

Gente que levanta todo dia com uma batalha silenciosa na cabeça. Que sorri com esforço, que parece distante, mas na verdade está fazendo um esforço danado só pra continuar em pé. Às vezes, o que tu interpreta como cansaço… é alguém lutando contra a própria mente.

 

É por isso que gentileza nunca é demais.

 

Uma palavra suave, um pouco mais de paciência, um gesto de compreensão — pode parecer pequeno pra ti, mas pra quem tá no limite, pode ser a diferença entre desistir e continuar.

 

Sê gentil. Sempre.

A empatia não custa nada.

Mas, pra alguém, pode significar tudo.


Publicado por Monet Carmo em 14/06/2025 às 15h09
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14/06/2025 15h05
E sobre não me esconder mais...

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Publicado por Monet Carmo em 14/06/2025 às 15h05
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10/06/2025 22h17
Descobri que sou neurodivergente. Não tarde demais, mas quase.

Passei boa parte da minha vida acreditando que eu era o problema.

Ou intensa demais. Ou desorganizada demais. Ou rápida demais pra um mundo que gosta das coisas em fila indiana.

 

Até que veio o nome: neurodivergente.

Não como rótulo, mas como chave.

E tudo fez sentido.

 

As crises de exaustão sem causa aparente.

A hipersensibilidade às luzes, aos sons, às pessoas que falam alto e pensam pequeno.

A necessidade de silêncio profundo, logo depois de um momento de euforia criativa.

A dificuldade em seguir regras que não fazem sentido, mas que todo mundo parece aceitar sem pestanejar.

 

Meu cérebro não é linear.

Não caminha.

Ele salta. Intui. Conecta.

E às vezes trava, por excesso de estímulo, de cobrança, de barulho.

 

O nome neurodivergente não me limita ele me explica.

Ele não me reduz. Ele me liberta de um esforço constante para ser aquilo que os outros chamam de “normal”.

 

Mas deixa eu te contar uma coisa que ninguém fala:

Descobrir isso na vida adulta não vem só com alívio.

Vem com luto.

Vem com raiva.

Vem com perguntas sem resposta, como:

"E se tivessem me entendido antes?"

"Quantas crises poderiam ter sido evitadas?"

"Quantas vezes fui chamada de difícil, quando eu só era diferente?"

 

A sociedade não é gentil com o que ela não compreende.

E a neurodivergência esse jeito diferente de existir muitas vezes é percebida como erro.

Mas não é erro.

É outra linguagem.

Outro compasso.

Outro mundo que pulsa debaixo da superfície.

 

Hoje eu me aproximo de mim com mais ternura.

Eu entendo por que o cansaço.

Por que a confusão.

Por que a intensidade.

Por que a solidão mesmo em meio à multidão.

 

Sou neurodivergente.

E isso muda tudo.

 

Não porque muda quem eu sou.

Mas porque me dá o direito de ser, sem precisar me consertar o tempo todo.


Publicado por Monet Carmo em 10/06/2025 às 22h17
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