... Expressividade ...

"Decifra-me mas não me conclua, eu posso te surpreender! - Clarice Lispector

Meu Diário
24/12/2018 12h06
CARTA DE YEMANJÁ PARA AS TUAS FILHAS :

Hoje eu saí do mar para falar especialmente com você.



Já venho há algum tempo tentando falar com você através dessas escritas, e venho observando o teu comportamento sobre as coisas que estão acontecendo em tua vida.



Escolhi a pérola mais linda do mundo, te vesti de esperança, e te pus no mundo, para você aprender a andar… Até então você morava aqui comigo. Mas Olorum lhe deu uma missão, a qual tem de ser cumprida, e desde então, fiquei responsável por você aqui na terra. Sei que é difícil para você as vezes viver aqui, pois você as vezes sente que não é daqui, sente-se sozinha, acha que sempre está incomodando os que estão ao seu redor, e sendo assim, você entra em uma tristeza profunda, e só sabe chorar e me chamar.



Meu coração aperta, pois você é minha filha, aquela que eu movo mares e mares para te defender de todo o mal que te cerca. Mas você precisa aprender a viver assim ! Você ultimamente tem se decepcionado muito, se magoado muito, e dado muita importância á coisas que não merece sua atenção. E isso têm te distraído da sua verdadeira missão…



Você me chama com frequência e as vezes acha até que não te ouço, mas eu te ouço sim, ouço cada súplica sua, vejo cada lágrima sua, e tento sempre te mostrar que você precisa ser mais madura. Minha filha, o mundo é cheio de maldades, há seres humanos que só querem fazer o mal, e por muitas vezes você com seu coração ingênuo, acaba caindo, porque não acredita na maldade do ser humano. Mas eu sempre tô tentando te mostrar… Sempre tô te levantando, sempre tô enxugando tuas lágrimas, e movendo meus mares para te purificar.



Eu preciso que você seja forte, eu preciso que você reveja bem suas amizades, eu preciso que você se doe menos, e se ame mais. Eu preciso disso, minha filha. Eu preciso que você aprenda a ser mais maliciosa em relação ao mundo.



Sei o quanto é difícil, mas você consegue, eu estou ao seu lado.



Não estou mandando você mudar o seu jeito meigo, acolhedor de ser, afinal, você é minha filha, e é o meu reflexo. Mas eu preciso que você preste mais atenção nas pessoas, nem todas elas irão querer o seu bem, nem todas elas virão na intenção de te levantar / ajudar.



Publicado por Monet Carmo em 24/12/2018 às 12h06
 
23/12/2018 23h15
Ceder é saber relacionar-se, com o AMOR!

É trocar as festas pelo sofá, é se comunicar por olhares, é ensinar sexo e aprender também. É se abrir pra novos prazeres, é um eterno trabalho em dupla, é absorver as tristezas e as alegrias do outro.
Namorar é viver no plural, mas saber respeitar o singular do outro.
É conciliar o ciúme com a confiança, é fazer cafuné, é provar açaí e perguntar como diabos ela consegue gostar tanto daquela coisa roxa.
Namorar é abrir uma porta imperrada com delicadeza ao invés de forçar até ela quebrar. 
É conseguir atravessar barreiras de mãos dadas, é enfrentar os seus piores medos só com a força do amor, é colocar alguém em primeiro lugar e não se abandonar por causa disso. É dar suporte ao invés de querer controlar como quem manipula um fantoche.
Namorar é ser a prova viva de que estar perto não é físico.
É assistir junto um episódio daquela série, é segurar as pontas, é sonhar em conjunto. É conseguir se entender sem trocar uma palavra, é proteger os pontos fracos do outro, é imaginar como seria um futuro ao lado daquela pessoa.
Namorar é sentimento intrínseco.
Namorar é morar.
Morar na outra pessoa.


Publicado por Monet Carmo em 23/12/2018 às 23h15
 
23/12/2018 00h19
Você me dizia...

você me dizia que eu era maravilhosa quando eu tentava te consolar nos momentos ruins. eu adorava o seu riso tímido e o seu jeito torto de ressaltar que não tinha nenhum interesse romântico em nós, mas aceitava o meu cafuné. pra mim a gente era experimento, incerteza, tentativa que talvez um dia viesse a se concretizar.



você tirava assuntos do nada com uma facilidade encantadora. eu te respondia se preferia piscina ou banho de mar, abraço ou cafuné, nadar ou andar de bicicleta. você me contava que os tempos aí não eram os melhores. eu sei, eu entendo, eu dizia cansada. por aqui acho que nunca foram.



você foi embora com uma promessa de um café e o som da sua voz cantando uma música qualquer. ecoando nos meus ouvidos antes de dormir, nas noites mais solitárias. eu fiquei. sentindo que somos o que poderia ter sido, mas o destino não quis que chegássemos a ser.



ou talvez o destino seja desculpa pra não admitir que quem te deixou ir embora fui eu.



🔥🔥🔥



Publicado por Monet Carmo em 23/12/2018 às 00h19
 



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