Em teus olhos distantes dos meus
Vejo fogo a acender o desejo obscuro
Não há palavras claras e reais...
Apenas suposições de ais!

Não desejo saber de tua ausência
Pois a sensibilidade que me conduz
Sente tua presença em cada nascer do sol...

Neste silêncio todo que nos envolve
Me diverte a briga que travamos
Contra o contato que nos faz amantes.

Ainda somos meninos e meninas
De nós o tempo que for.
Não brincamos com a vida que nos aproximou.

Entendemos a estrada que percorremos
E choramos pelos diferentes caminhos
Que distanciamos...

Mais vejo em teus olhos um fogo
Vejo um brilho que se recarrega aqui...
Aqui que somos presentes,
Eternos amantes quebrando silêncio!