![]() Nos teus entrelaces sinto a ferida, um lume oculto que me arranca o chão, arde-me a carne, estilhaça o coração, num sopro feroz me rasgo em vida.
Não peças calma: sou febre incontida, mar e punhal na mesma contradição, sou fúria e ternura, entrega e perdição, mulher que sangra e ainda é nascida.
Quisera ser o sal da tua pele nua, a madrugada em febre, sem sossego, ser a boca que arrebata e continua.
E se há dragões, eu salto sem apego: meu horizonte é teu peito, tua lua, morrer em ti… e renascer no teu fogo. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 20/08/2025
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