![]() Há um cansaço que não se mede no corpo… é da alma, e o travesseiro não sabe curar.
Ele pede mar… para lavar as dores até a última dobra da pele. Pede silêncio… para ouvir o próprio sangue correndo. Pede poucas palavras… só as que nutrem. Pede limpeza de gestos e de intenção… e a coragem de virar as costas à estupidez alheia.
Esse cansaço quer um respiro longo, quer o céu inteiro para lembrar que ainda há horizonte, quer o peso suave de um livro nas mãos, o amargo quente de um café, o riso que nasce de um pensamento bonito, a lágrima que não se esconde por vergonha.
Há também o cansaço do coração… esse, só se cura com abraços que carregam primaveras inteiras e florescem por dentro mesmo quando lá fora ainda é inverno.
O abraço que pousa um beijo na testa enquanto tu dormes… que guarda tua noite das sombras, que expulsa monstros inventados pela mente, que abre a janela do dia mesmo quando o sol não vem.
É cura que atravessa pele e ossos… de coração para coração. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 10/08/2025
Alterado em 10/08/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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