![]() Versos que se bebem na peleVenho com palavras molhadas de febre, tecendo sílabas que escorrem pela tua pele. Lanço-me no teu ouvido como quem semeia versos proibidos no campo da tua imaginação.
Me aproximo lenta… meu hálito misturando promessas e reticências, meus olhos, dois feitiços castanhos, inclinam o tempo para o instante em que tu me deseja.
Deixo a boca pousar na borda da tua, não para um beijo inteiro, mas para aquela pausa que arde mais que o toque. O silêncio entre nós vira metáfora suada.
Sussurro teu nome com cadência de poema, mas é o corpo que rima, meu quadril encontra a métrica da tua respiração. E sem pressa, vou declamando em ti o verso mais antigo do mundo… aquele que começa no desejo e só termina quando o recitar das rimas for minha voz entre suores...
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 10/08/2025
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