![]() Copa de hospital. Café coado. Final de plantão... Nada mais comum!
Mesmo com máquinas modernas, o coador com filtro de papel segue sendo o favorito entre técnicos, enfermeiros, vigilantes e até médicos. É o velho e bom café passado... O problema é o "depois": a borra vai pro ralo.
E foi exatamente isso que aconteceu em um hospital do interior, num plantão de sexta-feira à noite. Uma ala inteira, com 12 leitos e 2 postos de enfermagem, começou a registrar odor forte e água escura saindo dos ralos do chão.
O time de limpeza reforçou desinfetante. O time de enfermagem achou que fosse da fossa. O time de Operacional de Facilities foi chamado, e o caos já estava instaurado. Pacientes desconfortáveis, acompanhantes nervosos e risco de infecção crescente.
Depois de uma vistoria completa, a causa era simples, mas invisível: entupimento crônico por acúmulo de borra de café nas redes internas da copa dos andares da UTI.
Era ali, naquele gesto automático de virar o coador sobre a pia, que o problema estava sendo cultivado há meses. A borra foi descendo, descendo... até grudar, acumular e causar retorno hidráulico.
O que parecia um “problema de esgoto” era, na verdade, um hábito cultural sem nenhuma maldade, mas com alto custo estrutural.
Na semana seguinte, a manutenção precisou quebrar parte do piso técnico para intervir. A ala foi parcialmente isolada. Houve remanejamento de pacientes. E tudo isso por quê? Porque ninguém avisou que borra de café não se joga no ralo.
Ela não se dissolve. Ela não escorre. Ela compacta, adere e obstrui. É como areia molhada dentro de um cano.
Quem atua com facilities, engenharia clínica, manutenção predial ou gestão hospitalar, esse alerta é real! Por isso:
➡️Promove ações educativas nas copas. ➡️Cria campanhas simples, mas visuais. ➡️Fala disso nos DDS, nas reuniões de plantão.
Porque a borra de café pode parecer detalhe, mas num sistema hospitalar, cada detalhe importa. Cuidar do todo é ter consciência de que o cuidado com a infraestrutura começa com o básico.
Borra de café tem que ser descartado como lixo orgânico.
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 08/08/2025
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