![]() A demissão de Daniela Lima não foi sobre desempenho. Foi sobre alinhamento de imagem, de discurso, de conveniência institucional.
Mesmo com audiência alta, prêmios, reconhecimento e credibilidade no jornalismo político, Daniela foi retirada do ar, no retorno das férias, porque passou a representar algo que a empresa não quis mais sustentar. E isso diz muito… não só sobre o caso dela, mas sobre a cultura de grandes organizações.
Em estruturas onde a lógica do capital, da influência e da blindagem institucional impera, ruídos como esse não causam abalo. São administrados, minimizados, normalizados. O foco não é no impacto humano, mas no risco reputacional. E quando a imagem do colaborador começa a conflitar com os objetivos maiores do CNPJ, a escolha é simples: reposição.
O problema é que muitos naturalizam isso como “parte do jogo”. Mas quem é gestor, RH ou liderança de verdade sabe que o modo como se desliga alguém comunica tanto quanto qualquer campanha de employer branding.
Quando a saída acontece sem aviso, após as férias, com zero consideração pela trajetória... Quando o timing parece mais estratégico para a empresa do que respeitoso com a pessoa... Quando a justificativa é “apenas alinhamento”...
...isso deixa de ser apenas uma movimentação e passa a ser um sintoma. Um alerta sobre o quanto o discurso de cultura organizacional muitas vezes não encontra prática.
Se desempenho não segura ninguém e percepção se torna critério de corte, a mensagem é clara: gerencie tua imagem como um ativo. Mas não esqueça de algo ainda maior, tua coerência também é um posicionamento. E, às vezes, custa o crachá.
Que a saída de Daniela seja vista não como drama, mas como dado.
E que as empresas entendam que profissionalismo sem humanidade não é gestão. É operação. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 07/08/2025
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