Enquanto te julgam, tu aprendes a ficar só

Há um movimento acontecendo no mundo. Devagar, sem alarde, quase imperceptível…

Um movimento de pessoas que estão se recolhendo, não porque desistiram, mas porque já tentaram demais. Estão abrindo mão de festas barulhentas, grupos rasos, afetos apressados. Estão escolhendo a solitude não como isolamento, mas como reencontro.

Tu és uma delas?!

Enquanto te julgam por não participar mais, por não responder no grupo, por não sorrir no mesmo tom... tu estás, na verdade, tentando ouvir algo que só o silêncio permite: o som de ti mesma.

E isso assusta os outros. Assusta quem precisa do ruído constante pra não encarar o próprio eco.

A solitude não é uma ausência de amor é uma pausa... É o que vem depois que se entrega tudo e se percebe que ninguém fica... É o que resta depois que se tenta ser inteira em relações partidas. É o abrigo construído com os cacos do que sobrou.

Tu já não corres mais atrás.

Não explicas tuas ausências.

Não insistes em pertencer onde teu corpo vai, mas tua alma não entra.

E isso incomoda.

Porque enquanto eles querem urgência, tu queres presença. Enquanto eles se perdem em distrações, tu aprendes a fazer companhia a ti mesma... Enquanto eles julgam tua distância, tu entendes que tua paz vale mais que tua aprovação.

Não é frieza! é maturidade.

Não é orgulho! é autoproteção.

Tem gente que nunca vai entender por que alguém prefere ficar em silêncio do que aceitar mais um convite sem verdade... Tem gente que nunca vai saber o peso de carregar o próprio cansaço e ainda assim levantar pra seguir.

Mas tu sabes.

E é por isso que, mesmo quando ninguém vê, tu respiras fundo…

tomas teu café devagar…

e voltas pra casa em silêncio.

Porque descobriste que tu não precisas ser entendida pra estar em paz.

Só precisas ser fiel a ti.

E isso… isso é o que a maioria chama de solidão, mas tu, agora, chamas de liberdade.