![]() 1º de agosto: tarifa de 50% e o recado por trás da cobrançaNo próximo 1º de agosto, os Estados Unidos vão aplicar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Não é sobre economia. É sobre política. E o nome disso não é “acordo comercial” é sanção.
O Brasil, pra quem não sabe, é um dos poucos países com os quais os EUA têm superávit. Ou seja, eles ganham mais vendendo pra cá do que comprando. Mesmo assim, decidiram cobrar pesado. Por quê?
Porque há tempos não interessa aos EUA um Brasil que pense por conta própria, que dialogue com China, com Rússia, com BRICS, ou que se aproxime de qualquer bloco fora da órbita deles. A tarifa é o preço por não se ajoelhar. E isso tem nome: colonialismo moderno, travestido de parceria econômica.
Mas aqui dentro o buraco é ainda mais fundo.
Enquanto o Brasil tenta lidar com esse golpe diplomático, temos um ex-presidente que insiste em não descer do palanque. Bolsonaro, mesmo derrotado nas urnas, age como se o cargo ainda fosse dele. Ele não faz oposição, ele alimenta uma seita. Insinua retorno, convoca multidões, sabota instituições e zomba da democracia com discursos que normalizam o autoritarismo. Não é à toa que seus apoiadores chamam ministros do STF de inimigos, rejeitam a urna eletrônica e se alimentam diariamente de paranoia.
Enquanto isso, quem se opõe a esse projeto autoritário, vira alvo. Os antifascistas, historicamente responsáveis por resistirem a regimes que mataram milhões, agora são pintados como baderneiros. Mas é sempre assim: quem ergue a voz contra o fascismo vira inimigo de quem lucra com o silêncio.
A tarifa dos EUA não vem sozinha. Ela vem com um recado. Vem como pressão sobre um país em reconstrução que, por mais que tenha cometido erros, ousou sair da coleira. E aqui dentro, Bolsonaro representa exatamente o oposto: o retorno ao servilismo, ao entreguismo, ao alinhamento automático com quem nunca nos tratou como iguais.
Essa tarifa é o reflexo de um país que ainda não se decidiu se quer ser soberano ou submisso. E cada vez que a gente finge que isso é normal, a gente se afasta mais da democracia real... aquela que se constrói com soberania, memória e coragem de dizer não a quem bate à porta com farda ou gravata. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 13/07/2025
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