"Pau pra Toda Obra” Também Quebra...

Tem gente que acha bonito ser chamado de “pau pra toda obra”.

E, olha, até é… no começo. Quando a gente quer mostrar serviço, ser útil, ser visto. Aí começa a pegar tudo: tarefa sua, tarefa do outro, pepino que ninguém quer descascar, bomba que estoura e mandam pra tu resolver.

Tu vira a funcionária que não reclama, que entrega, que faz hora extra e ainda dá bom dia com sorriso. Quando o BO chega, já sabem: manda pra ela… ela resolve. Mesmo que não tenha nada a ver com a função dela.

Só que tem uma hora que o “pau pra toda obra” racha. Trinca. Adoece.

E quando ela pede demissão, o motivo vem genérico: “pessoais”.

Ninguém fala que ela saiu porque foi sobrecarregada até o último fio. Ninguém diz que o chefe nunca percebeu, ou não quis perceber, que ela tava carregando o que era de três.

Então deixa eu te contar: se tu precisa te esgotar pra ser reconhecida… esse lugar não vale teu esforço. Porque o bom trabalho não deveria custar tua saúde mental. E ser competente não é sinônimo de ser burro de carga.

Trabalho bom é aquele que tu entrega inteira. E não aquele que te destrói aos poucos enquanto te chamam de “guerreira”.