![]() O que fica, fica livre...Não dá pra amar com corrente. Nem admirar alguém esperando que o outro se curve diante da nossa expectativa. A beleza do amor, o verdadeiro, é que ele não exige reciprocidade moldada. Ele não cobra contrato, não carimba pertencimento, não aprisiona presença.
Às vezes, a gente se encanta por alguém... por um gesto, por uma escuta, por uma delicadeza rara de ser. E tudo bem!? Esse encantamento não precisa virar eternidade, nem dívida afetiva. Pode só ser bonito. Pode só existir.
Mas o que machuca, na verdade, não é a liberdade. É o ego! É essa ilusão de que, se eu amo, o outro me deve algo... Se eu admiro, o outro tem que retribuir. Se eu estendo a mão, o outro não pode soltá-la.
E aí... a gente confunde presença com posse... Confunde cuidado com exigência... Confunde entrega com controle.
Mas o amor... o amor de verdade... é o que fica mesmo quando o outro vai. É o que não se deforma na ausência. É o que não grita "volta!" mas sussurra "cuida de ti".
A liberdade assusta, porque ela não tem grades pra se apoiar... Ela exige confiança! Exige autoconhecimento! Exige saber perder sem se sentir perdido!!
E é por isso que amar com liberdade é tão raro... Porque é um amor que não se faz de espera... Ele é um amor que se faz de respeito.
E o que é essencial, fica, sabe? Fica mesmo que mude de forma... Mesmo que não caiba mais nas rotinas... Mesmo que não esteja mais todo dia ao lado. E ainda assim, fica!
Fica porque é verdadeiro. Fica porque é leve. Fica porque não precisou ser prisão.
Aprender a amar com liberdade... é talvez a lição mais difícil e mais bonita de se viver.
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 02/07/2025
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