![]() O STF decidiu que rede social não é cemitério de responsabilidade. Parece simples. Mas aí vieram os gênios do apocalipse digital, aqueles que confundem Constituição com comentário do YouTube, gritando: “acabou a liberdade de expressão!”
Engraçado…
O artigo 19 do Marco Civil da Internet era a almofada favorita dos donos da internet: só removia conteúdo se a Justiça mandasse. Era o famoso “não vi, não sei, não fui eu” versão Silicon Valley. Enquanto isso, o feed virava esgoto a céu aberto; e alguém lucrava com isso.
Agora o STF disse: chega.
Se tu deixa conteúdo racista, golpista, terrorista ou criminoso circular na tua plataforma, tu responde. Mesmo sem ordem judicial. Porque sim, tem coisa que não precisa de juiz: precisa de vergonha na cara.... E aí começaram os choros. Colunista de site que acha que liberdade é o direito de ofender sem ser confrontado... Influencer jurídico de jaleco preto dizendo que agora “vai ter censura”. Gente que nunca leu a Constituição, mas tem certeza que o artigo preferido dela é “me deixa postar o que eu quiser”. O que ninguém diz é que a decisão do STF foi cheia de exceções, cheia de cuidado. Crimes contra a honra ainda precisam de juiz. Tem modulação. Tem responsabilidade proporcional.
Mas isso não dá curtida, né?
A real é que o Brasil não sabe lidar com limites... Acha que moderação é mordaça... Acha que regulação é censura. Porque enquanto isso, meninas negras continuam sendo expostas em vídeos... Professores continuam sendo ameaçados... Políticos extremistas continuam impulsionando desinformação com dinheiro sujo.
Então, que fique claro: ela não é liberdade. É covardia com megafone.
E agora, talvez, o megafone tenha que ter bateria limitada. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 29/06/2025
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