![]() O brasileiro comum não sabe onde fica o Estreito de Ormuz. Nunca ouviu falar. E também nunca precisou ouvir. Mas vai entender o nome dele quando o preço do gás subir de novo. Quando a gasolina chegar a um valor que faz o trabalhador pensar se vale mais a pena faltar o serviço do que tentar chegar.
Enquanto potências trocam ameaças e disparam mísseis do outro lado do mundo, é o pobre brasileiro que sente primeiro. Não é o político, nem o investidor, nem o dono da multinacional que vai pagar a conta. É o motorista de aplicativo, é o pedreiro, é a mãe que pega três conduções pra limpar a casa dos outros. É o flanelinha no sinal, o ambulante do trem, o jovem que sonha em estudar mas precisa escolher entre pagar o transporte ou comer.
Mesmo tendo petróleo, o Brasil continua refém... Falam da Petrobras como se isso blindasse o país. Mas a realidade é que o Brasil importa diesel, refina pouco, e depende de preço de mercado internacional.
O país tem petróleo, mas continua com o povo sem autonomia. Quem manda é o mercado. E quando o petróleo dispara lá fora por causa de guerra, o pão, o arroz, o feijão e o gás viram itens de luxo aqui dentro.
O povo não entende geopolítica. E quem governa se aproveita disso.
Enquanto a televisão mostra tanques, explosões e líderes com cara de seriedade, o povo brasileiro tá fazendo conta pra não faltar comida. E segue acreditando que guerra é coisa de fora, que não tem a ver com a vida dele. Mas tem!
Tem no preço do frete, na alta do gás, no custo do transporte e no supermercado.
A guerra não precisa cair no Brasil. Porque ela já caiu na rotina de quem sobrevive com um salário que evapora antes do fim do mês.
Quem lucra com isso entende muito bem de geopolítica... E quem sofre, segue sem saber por que tudo ficou mais caro, de novo.
Essa guerra nunca foi só deles. Ela também é nossa. Só que aqui, a bomba é invisível. E o estrago é diário e se deixar manipular é menas dor de cabeça... Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 22/06/2025
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