![]() “Se a Terceira Guerra Mundial for travada com armas nucleares, a Quarta será com paus e pedras.” - Einstein disse isso. E ninguém riu.
Mas hoje, no Twitter — ou melhor, no X — o que tem de gente transformando guerra em conteúdo… não cabe no feed. Tem emoji de foguete. Tem vídeo de míssil com trilha sonora de funk. Tem meme com a GBU-57 furando o chão como se fosse um trator da Caterpillar. E o pior: tem curtida.
O que era medo virou espetáculo. O que era alerta virou trending. O que era bomba… agora é figurinha de WhatsApp.
Enquanto isso, um general americano escreve no LinkedIn que “a paz é construída com dissuasão sólida”. E um influencer no Instagram reposta o ataque ao Irã com filtro vermelho e a frase: “A liberdade se constrói com aço.”
Sério?
Margaret Thatcher dizia que “a guerra é a continuação da política por outros meios.” Mas hoje, parece que é a continuação do engajamento... Likes valem mais que tratados... O ego explode antes da bomba.
No TikTok, um jovem de 19 anos explica como funciona a GBU-57/B com animação e dancinha... O comentário mais curtido: “Tô torcendo pros EUA. Pelo menos eles têm estilo.”
Enquanto isso, um bunker no Irã desaba. Não tem dancinha lá... Tem poeira. Grito abafado. Fragmento de tudo.
E quando tu pensa que ninguém mais vai dizer nada que preste, aparece o velho Lula, meio rouco, falando que o mundo tá "perdendo a vergonha de matar em nome da segurança". E tu vê o Netanyahu dizendo que “Israel está pronto pra tudo”. Presidentes experiêntes, sabe que quem fala muito… se compromete.
Mas e a gente? Vai seguir compartilhando bomba como se fosse notícia de futebol? Torcendo pra ver quem explode mais bonito? Ou será que chegou a hora de entender que o silêncio das redes pode ser cúmplice… quando a explosão vira entretenimento?
No fim, a bomba não erra. Mas quem aplaude o lançamento… talvez já tenha se perdido faz tempo.
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 22/06/2025
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