![]() Era uma noite qualquer. Dessas que a gente liga a TV sem intenção... e sai transformada. O filme não tinha estética que chamassse atenção de uma menina de 10 anos, menos para mim, que estava descobrindo as poesias Lord Bayron e Álvares de Azevedo, o título já conhecido me despertou pelo burburinho da época (falar de suicídio a 36a atrás era uma afronta a realidade) E naquela sala silenciosa, fui tomada por algo que não sei explicar. Ali, sozinha, descobri que algumas histórias não são só vistas são vividas.
“Sociedade dos Poetas Mortos” foi o divisor de águas da minha vida. Foi como se alguém tivesse escancarado uma porta dentro de mim que eu nem sabia estar trancada. Robin Williams não era apenas o Sr. Keating... Era a voz que eu precisava ouvir. A coragem que eu temia sentir. A poesia que eu tentava calar.
E quando o final chegou… eu chorei. Não com tristeza. Mas com um tipo de emoção que nem cabe direito em palavras. Foi como se meu coração reconhecesse ali uma parte esquecida de si mesmo. Um chamado à vida.
Um lembrete urgente: Carpe Diem.
Já se passaram 36 anos desde que o filme foi lançado. Mas toda vez que revejo, sou invadida por uma mesma lágrima sempre nova, sempre profunda. Porque há obras que não envelhecem.
Há histórias que não são contadas: são sentidas. E há filmes que, mesmo sendo “dos poetas mortos”, fazem de nós, enfim, poetas vivos.
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 15/06/2025
Alterado em 15/06/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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