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💕🎩Poema de Martha Rivira Garrido,

por Paul Damian 💕🎩

Minha versão de

Martha Revira Garrido...

Não te atrevas… A AMAR uma mulher... 

Não te atrevas a amar uma mulher

que lê o mundo com os olhos entreabertos

e sente tudo como se fosse pele exposta ao vento.

Não te aproximes daquela

que escreve como quem sangra

com palavras que ardem e salvam.

Não ames uma mulher que dança com ideias,

que questiona silêncios,

que desafia o tempo com um sorriso ferido de lucidez.

Ela vai rir quando tu esperares lágrimas

e chorar no meio de um gozo que tu jamais entenderás.

Vai olhar o céu e falar de abismos

como se fossem caminhos possíveis.

Não te apaixones por uma mulher assim

que se despe de vaidade,

mas carrega nos ombros um mundo inteiro

feito de sonhos insubmissos.

Não queiras essa mulher

que ama arte mais do que espelhos,

que faz da política um ato de ternura,

e da ternura um ato de resistência.

Ela não te pedirá promessas

ela saberá se tu estás inteiro ou fingindo.

Não suportará covardes,

nem homens que temem a verdade do corpo e do pensamento.

Não te atrevas a tocá-la,

a menos que tu saibas ficar…

Mesmo quando ela quiser voar sozinha.

Porque, se tu a amares, de verdade,

essa mulher te virará do avesso,

te ensinará a morrer mil vezes em beijos,

e a renascer sem pele toda manhã.

E depois disso, meu bem…

tu nunca mais serás livre.

Mas talvez… pela primeira vez,

tu te sintas inteiro.

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Sou apaixonada pela voz do Paul, pela estrutura de leitura e respeito de tempo,  pausa e respiração...

A estética romancista dele é linda!