![]() Quem já gerenciou cronogramas de projetos complexos, seja em mineração, indústria ou infraestrutura predial, sabe que o fornecimento de materiais técnicos vai muito além de uma simples “entrega”.
Produto engenheirado não é item de prateleira. É aquele que exige desenvolvimento técnico mesmo após o contrato assinado, dependendo de ajustes finos entre engenharia de aplicação, especificações operacionais e validações práticas antes de sequer entrar em linha de produção.
Um exemplo real? Transformadores, painéis elétricos, chillers, sistemas HVAC customizados, elevadores com especificação técnica de poço, reservatórios com controle de nível automatizado… Todos eles precisam ser pensados desde a origem – e não apenas mapeados como “fornecimento” no cronograma.
Onde o erro se repete? Na maioria dos cronogramas que analiso, inclusive em grandes operações, a fase de fornecimento é representada por uma única linha,
ignorando por completo: 📄 A formalização do pedido 🔁 A dependência das validações de projeto executivo ou de campo 📩 A troca de documentos e desenhos técnicos entre cliente e fornecedor 🏗️ O tempo real de desenvolvimento, fabricação e testes 📦 A entrega técnica comissionada (muitas vezes exigindo FAT ou SAT)
E aqui está o impacto silencioso que compromete todo o planejamento: A engenharia de manutenção e os times de facilities ficam pressionados a receber, instalar e operar sistemas que nem deveriam ter sido entregues ainda, pois não passaram por ajustes prévios.
Por que isso importa? Porque quando esse erro aparece, ele não atrasa só o fornecedor. Ele compromete a confiabilidade do planejamento de comissionamento, a instalação correta, o start-up da operação e até o cumprimento de SLA’s contratuais.
E o pior: Quem paga a conta costuma ser o time de operação e manutenção, que não teve voz na construção desse cronograma e ainda assume a culpa por atrasos e falhas que nascem na raiz: um suprimento mal planejado.
📢 E então, como representa isso?
Quem trabalha com manutenção, gestão de facilities ou suprimentos técnicos, já parou pra pensar como esse tipo de fornecimento está representado no teu cronograma?
É hora de ajustar o fluxo. Cronograma bom não é o mais curto. É o que traduz com fidelidade o que de fato acontece no campo e dá visibilidade pra quem realmente carrega a operação nas costas.
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 08/06/2025
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