![]() Soneto da Ironia que Pensa - Søren Kierkegaard
Nem toda ironia é riso de escárnio, às vezes é abrigo de quem sente demais. É corte elegante, sutil, quase diário, que diz verdades onde o silêncio é incapaz.
Não é desprezo — é forma de defesa, é jeito torto de quem quer se explicar. Finge que ri, mas guarda a incerteza de quem entendeu tudo… e cansou de lutar.
Kierkegaard sabia: esse riso afiado não salva por si só — é só começo. É faca que exige punho enraizado.
Usada com verdade, tem apreço. Mas quando serve só pra estar calado, ela te esvazia, sem dar endereço. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 05/06/2025
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