![]() O céu se acende em tons de fogo e ouro. E o fim do dia sussurra meu nome — não grita, não pede... só chama.
À frente, uma estrada vazia. Clara. Silenciosa. Como se me dissesse: "anda... sem medo."
Paro ali, sob esse céu pintado à mão, entre as cores que não sei nomear. É arte e é fé. É o mundo me lembrando que existe beleza fora do barulho.
As árvores estão quietas. O campo brilha em um amarelo quase antigo. E eu… eu sinto tudo de um jeito que mal sei explicar.
Tem sombra. Tem memória. Tem um choro preso no canto dos olhos que não é tristeza — é só aquilo que a alma faz quando encontra um lugar pra respirar.
Em momentos assim, até a dor parece bonita. Como se a vida, por um instante, me tocasse o ombro e dissesse: "vai… ainda tem sonho nesse caminho."
E eu vou. Sozinha. Mas leve.
Porque no abraço do crepúsculo, às vezes, a gente se encontra sem nem estar procurando. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 29/05/2025
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