![]() Tua boca... e o que ela me despertaonde começa tua boca...? no beijo que me acende inteira...? no insulto rouco entre dentes...? no gemido que escapa mesmo quando tentas conter...? ou no grito que me faz esquecer o nome...?
tua boca... essa maldição bendita... roça... provoca... ameaça... implora... é faca que lambe... é prece suja... é vício que eu não quero curar...
e que não reste sombra de dúvida: lá onde tua boca termina... a minha começa... úmida... insolente... pecadora...
porque em ti... eu não busco poesia... eu quero o estrondo... o cheiro do teu suor na minha pele... quero atravessar tua fome com a minha sede...
te beijo como quem se vinga do céu... como quem fere o tempo... como quem goza a própria queda... com a língua... com o ventre... com tudo que pulsa em mim sem nenhum arrependimento. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 27/05/2025
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