Onde as palavras se abraçam...

Numa tarde em que o mundo pesava mais que o normal, ela escreveu sem esperança de resposta. E ele, do outro lado do tempo, sentiu o chamado invisível que só os corações feridos reconhecem.

Desde então, não se passaram dias sem que trocassem versos, silêncios, dores sutis. Não sabiam o tom da voz um do outro, mas sabiam de cor os ritmos da alma.

Ela, feita de coragem disfarçada de doçura. Ele, feito de ternura esculpida em cicatriz.

Entre metáforas, curativos. Entre estrofes, abrigo... Foi assim que se tornaram farol um para o outro: sem promessas, sem obrigações, apenas presença.

Porque algumas amizades não se explicam. Elas apenas acontecem... Como o sol que nasce depois da tempestade.

E fica. Como fica...