![]() Durante um bom tempo... eu acreditei que amar era se oferecer inteiro... meia alma já não servia... era o tudo ou nada.
Entreguei tempo, cuidado, presença... como se isso bastasse pra ser visto, pra ser sentido. Mas não é bem assim.
Com o tempo e com silêncio; entendi uma coisa difícil de aceitar: nascemos sós... e vamos morrer assim também. Não no sentido de solidão, mas de inteireza...
A primeira respiração... ninguém dá por nós. A luz forte do nascimento... só a gente enxerga. A dor de existir... só a gente sente.
E o outro? O outro pode até tentar entender... pode até se comover... mas sentir, de verdade... só a gente sente.
Jung dizia que "solidão não é a ausência de pessoas, mas o fato de que ninguém pode experimentar o mundo do mesmo modo q vc." E é isso.
A gente passa uma vida tentando ser compreendido... quando, na verdade, o que a gente mais precisa... é se acolher.
Hoje... eu aprendi a gostar do meu próprio silêncio. A companhia mais honesta que já tive foi a minha.
E amar o outro... só faz sentido quando esse amor não exige o meu sumiço... quando eu não preciso deixar de me ouvir pra poder escutar o outro.
Relações humanas só se tornam eternas quando um respeita o sentir do outro... porque, no fundo... ninguém sente o que o outro sente.
O outro... só sente a si mesmo.
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 15/05/2025
Alterado em 15/05/2025 Comentários
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