Carta aberta para quem se sente insuficiente

A realidade — e não aquela dos livros ou das frases prontas de redes sociais — é que, sim, muita gente vai te fazer sentir pequeno. Como se você estivesse sempre um passo atrás. E talvez isso nem seja tão grave assim, porque não é seu papel caber no molde de todo mundo.

Mas sabe o que realmente dói? Quando essa sensação de inadequação não vem de fora... vem de dentro. Quando é você que se sabota. Quando o julgamento mais duro não é o do mundo, mas da sua própria cabeça. Isso isola. Isso cansa. Isso pesa.

Se você está lutando essa guerra silenciosa aí dentro — achando que não merece o que tem, que não vai chegar onde sonha — eu te digo: você importa. Talvez não pra todo mundo, mas isso nunca foi critério de valor. Seu valor existe. E um dia, eu espero, você vai conseguir enxergar isso também.

Talvez hoje tudo pareça confuso, desconexo. Mas toda obra-prima começou com um rascunho torto. E só vira arte pra quem tem olhos de ver.

Então vá. Um passo de cada vez. Descobrindo quem você é de verdade e desapegando, sem medo, da versão que o mundo tentou te impor. Joga fora o que não te serve mais. Segura firme no que te dá raiz e te faz florescer. Vai doer, às vezes. Vai cansar. Mas esse processo — essa coragem miúda de seguir mesmo aos pedaços — é o que te molda.