![]() "É preciso falar sobre os limites entre formação profissional e exposição nas redes."
O recente caso da estudante de medicina que gravou e publicou um exame ginecológico nas redes sociais vai muito além de uma infração ética. Ele escancara uma urgência contemporânea: como estamos preparando os jovens profissionais para o exercício consciente da sua carreira em tempos de hipervisibilidade digital?
Formar-se em saúde exige mais do que conhecimento técnico. Exige ética, empatia e sobretudo responsabilidade. O uso de imagens reais de pacientes, mesmo que com supostos fins educativos, sem consentimento e sem resguardo à privacidade, fere princípios básicos da profissão e compromete a confiança no cuidado.
Estamos ensinando a curar ou a performar? A atender ou a entreter?
É hora de discutirmos com seriedade o papel das universidades, dos conselhos profissionais e das lideranças na formação de profissionais que compreendam que respeito não pode ser filtrado, e que empatia não se edita em reels. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 04/05/2025
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