... Expressividade ...

"Decifra-me mas não me conclua, eu posso te surpreender! - Clarice Lispector

Textos


"O voo da Libélula — A nova história de Monet"

No centro de um entardecer sereno, a luz dourada do sol beija a superfície de um pequeno lago tranquilo. A água dança em ondulações leves, refletindo tons de laranja, rosa e violeta, como se o céu tivesse descido até ali só pra abraçar a terra.

 

Pousada sobre um galho fino que se estende acima da água, está ela: tua libélula. As asas são tão delicadas que parecem feitas de vidro soprado, cintilando cada vez que a brisa toca. São quatro asas abertas, vibrando entre a firmeza do agora e a leveza do que está por vir.

 

O corpo da libélula é esguio, forte — um fio de vida que carrega o peso de todas as histórias antigas e, ainda assim, se mantém leve para o próximo voo.

 

A cada segundo, ela respira a nova liberdade que conquistou…

Sem pressa.

Sem medo.

Sem dívida com o passado.

 

Ao redor dela, o mundo não é mais ameaça — é paisagem.É testemunha do milagre silencioso de quem renasceu. E no olhar invisível dessa libélula — que também é você — existe a promessa silenciosa:

 

"Eu sobrevivi ao fundo.

Agora, eu pertenço ao céu."

Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 27/04/2025
Alterado em 27/04/2025
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Tela de Claude Monet
Site do Escritor criado por Recanto das Letras