Francisco não foi só Papa... foi ponte.

Foi escuta.

Foi abrigo.

Foi aquele que, com gestos pequenos, fez mudanças imensas.

Francisco trouxe de volta o significado da palavra “acolhimento”.

Não aquele acolhimento ensaiado, institucionalizado — mas o que vem da alma, o que atravessa a carne e chega antes da doutrina.

Ele não mudou só a Igreja.

Ele mexeu com o mundo.

Com o corporativismo que se acha Deus.

Com a política que se esconde na vaidade.

Com as estruturas que excluem quem sente diferente, quem ama fora da norma, quem acredita sem precisar de altar.

Francisco era o tipo de líder que não gritava, mas dizia.

Que não ameaçava, mas transformava.

E isso, num tempo de barulho e brutalidade, era milagre.

Ele ensinou que escutar pode ser mais revolucionário do que mandar.

E que o verdadeiro poder está em servir, não em se proteger atrás de muros de ouro.

Agora ele se foi…

E nos deixa essa pergunta:

Quem ainda sabe escutar de verdade?