![]() A ausência de empatia não é acaso...
Não é mais o grito que fere. É o silêncio. É o olhar que passa por você como se você não tivesse nome, nem história. É o não dito que vai te corroendo, sem fazer barulho — mas deixando marca.
A falta de empatia virou método. E dos mais eficientes. Porque ela não escancara a porta... ela deixa entreaberta, te fazendo acreditar que a culpa é tua por não conseguir entrar.
Tem gente que não grita, mas controla. Que não briga, mas pune com a ausência. Que não impõe, mas manipula com gestos suaves, com palavras mornas, com indiferença calculada.
A empatia virou quase uma falha de caráter… Quando, na real, ela era tudo que ainda podia nos salvar da frieza desse mundo que mede valor por desempenho e afeto por utilidade.
Romper o vínculo, nesse caso, não é desistir de ninguém. É sobreviver. É entender que manter-se num lugar onde não há espaço pra tua dor... é aceitar ser moldado por um tipo de violência que se disfarça de maturidade.
Tem gente que só quer te ver quieto, moldado, bonzinho. E chama isso de amor.
Mas amor sem escuta não é amor. É gestão.
E se no fim das contas, o que te une a alguém não for cuidado, reciprocidade ou presença… então talvez não seja vínculo, seja dominação disfarçada de afeto.
E disso, sinceramente? A gente não precisa. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 17/04/2025
Alterado em 17/04/2025 Copyright © 2025. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. Comentários
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