Essa tal de inteligência artificial...

e o que tão fazendo com ela (e com a gente)

hahaha, e lá vem ela de novo...

Tem gente que escreve bonito demais… mas bonito até demais, sabe? Daquele jeito que parece que nunca suou pra ter uma ideia. Tudo limpinho, formatado, palavras do dicionário da perfeição e frases que terminam sempre com uma conclusão óbvia.

E aí, vai ver, quem escreveu foi ela…

A IA. O tal robô. O oráculo moderno que virou ferramenta de todo mundo — e, às vezes, muleta pra quem não quer pensar com o próprio corpo.

Mas pera aí… não é ela o problema.

Não é o código, nem o algoritmo. É o uso. É o jeito preguiçoso de se esconder atrás da aparência de inteligência. É o texto feito pra parecer inteligente, sem ter vivido nenhuma ideia até o fim.

Usar inteligência artificial não é pecado.

Pecado mesmo é deixar de ser gente no processo.

Porque sim, eu uso. E uso muito. Mas eu não deixo ela falar por mim.

Ela me ajuda — e muito — a organizar, dar nome ao que tá latejando aqui dentro, me cutuca com perguntas que às vezes nem eu sabia que queria fazer.

Mas quem sente sou eu.

E por isso, quando eu leio textos que tentam bancar a profundidade... e são só um monte de frases encaixadas com a cola do “parece que faz sentido”... dá um embrulho. Porque tão transformando uma das maiores invenções do nosso tempo num bicho de plástico.

Tem gente achando que autenticidade vem com prompt.

Tem gente usando essa ferramenta como um atalho pra parecer algo que não é.

Mas inteligência — seja artificial ou humana — não sobrevive sem coragem de errar. Sem tropeço, sem rasura, sem... sei lá... um certo desencaixe que só a gente de verdade carrega.

E às vezes, eu erro mesmo! Escrevo “externado” onde devia ser “expressado”... conjugo verbo errado, esqueço vírgula. Mas isso é meu! Isso tem meu cheiro. Meu suor. Meu caos.

E se você tá lendo isso achando que fui eu que escrevi sozinha, é acertou mesmo! Sou eu ou não né... Hahaha, porque eu consegui fazer o que mais importa: Não deixar que a ferramenta vire máscara.

Porque tem muito texto por aí... que parece tudo, menos verdade.