Reflexão – No limite entre o querer e o não resistir

Tem conversa que começa leve… mas logo ganha corpo. Voz baixa, risada solta, provocações que ardem mais do que confessam. E a gente sabe: certas conexões não morrem, apenas descansam esperando o momento certo pra reacender.

Você me provoca com aquele olhar que lembro bem. Eu respondo com palavras que têm mais toque do que fala. E no meio disso tudo, o que existe? Vontade. Cravada no tempo, guardada na pele. É corpo, mas é alma também. É memória viva do que poderia ter sido… ou ainda pode ser.

Talvez o mundo tenha virado do avesso antes da gente virar realidade. Talvez a vida tenha sido mais rígida do que a nossa ousadia. Mas ainda assim, algo entre nós resiste. Uma parte minha — que você conhece bem — te sente. E uma parte sua — que nunca disfarçou — me chama.

A gente se cutuca nas entrelinhas, se deseja sem pedir licença e se reconhece, mesmo que as rotas tenham sido outras.

Se isso é só nostalgia ou a prévia de algo que ainda vai explodir… só o tempo (ou a coragem) vai dizer.

Mas confessa: se fosse hoje, você também não resistiria.