Sigo em frente. Um horizonte de 1.800 quilômetros me espera, e cada metro dessa jornada carrega o peso de escolhas, aprendizados e um recomeço que, pela primeira vez, é exclusivamente meu. Não há indicações, não há protecionismo. Apenas eu, minha bagagem de experiências e a certeza de que cheguei aqui pelo que sou, pelo que construí.

Recomeçar é uma palavra que, muitas vezes, vem carregada de medo, mas, para mim, ela soa como liberdade. É a oportunidade de colocar em prática tudo o que aprendi: que impactar vidas é um privilégio e uma responsabilidade, e que doar-se pelo crescimento dos outros é uma das formas mais bonitas de florescer. Pessoas, processos, resultados. Tudo está conectado em uma teia de possibilidades que só a coragem de avançar pode tecer.

Nesta estrada, sigo para onde sou desejada, mas, mais do que isso, para onde eu me quero. Porque agora eu sei: o desejo de pertencer começa dentro de nós. Não é sobre chegar e adaptar-se ao que já está lá, mas sobre deixar que minha essência faça parte daquilo que será construído. É o privilégio de ver florescer não só as pessoas ao meu redor, mas também a mim mesma, como quem desabrocha depois de anos de cultivo silencioso. Ao olhar para trás, não há arrependimentos, apenas gratidão pelos caminhos trilhados. Mas é o futuro que me fascina. As oportunidades que ainda não vi, os desafios que ainda não conheço e as conquistas que ainda não celebrei. Cada dia será um registro, uma medida do impacto que quero causar e da transformação que me proponho a liderar.

E assim, sem hesitar, sigo em frente. Recomeçar não é um ponto final, mas o ponto de partida de algo maior. Porque a estrada, por mais longa que pareça, sempre vale a pena quando se sabe que o destino é, antes de tudo, um reencontro consigo mesmo.

26/Jan-2025.