Era uma manhã como tantas outras, daquelas que começam com um café apressado e a expectativa do que o dia trará. Mas naquela manhã em particular, algo diferente pairava no ar. Talvez fosse a inquietude que surgia sempre que um novo desafio aparecia, ou talvez fosse apenas o cansaço acumulado de tantas semanas correndo atrás de metas que pareciam sempre fugir por entre os dedos.
No escritório, as vozes se misturavam em um murmúrio constante, como um rio de preocupações e tarefas pendentes. Ali, no meio daquele turbilhão, estava ele, o líder que todos conheciam, mas poucos realmente entendiam. Arrojado, exigente, talvez até um pouco difícil de lidar, mas uma coisa era certa: ele sabia organizar a casa. E era isso que fazia a diferença.
Sob sua liderança, as coisas aconteciam. Não havia espaço para a desordem, para os planos mal traçados ou para as decisões tomadas no calor do momento. Cada passo era calculado, cada movimento fazia parte de um plano maior. E, embora exigisse muito, entregava algo valioso em troca: a oportunidade de crescer. Com ele, não havia conforto, mas havia progresso. E para aqueles que se dispusessem a acompanhar seu ritmo, os frutos eram colhidos com satisfação ao final de cada jornada.
Contrastava com ele outro tipo de líder, um que muitos já haviam conhecido em outros tempos e lugares. Desorganizado, permissivo, aquele que queria ser o "gente boa" do grupo. Parecia agradável à primeira vista, mas, com o tempo, mostrava sua verdadeira face. Sob sua liderança, os dias se arrastavam sem direção, as urgências se acumulavam, e os incêndios, metafóricos e literais, nunca paravam de surgir. E assim, pouco a pouco, a energia da equipe se esvaía. Aquele líder, que queria agradar a todos, acabava por não agradar a ninguém – e, o pior, enfraquecia cada um que dependia dele.
Era fácil perceber a diferença, mas difícil admitir o impacto. Um líder desorganizado não apenas atrasa projetos, mas também corrói a autoestima daqueles que deveriam ser seus seguidores. Sem resultados concretos, sem um sentido de realização, o trabalho se torna um fardo, e o cansaço, uma constante. Adoece-se não apenas pela carga física, mas pela falta de propósito, pela ausência de crescimento.
Por isso, naquela manhã, entre um café e outro, a reflexão tomava forma: era preciso escolher bem com quem se caminhava. Um líder que desafia, que tira da zona de conforto, pode parecer duro, mas é exatamente esse líder que, no fim do dia, está preocupado com o verdadeiro bem-estar da equipe. Ele não busca ser o mais querido, mas o mais eficaz. E, talvez, no fundo, seja isso que todos realmente precisam: alguém que os conduza ao próximo nível, mesmo que o caminho seja, por vezes, árduo.
Porque no fim das contas, o que vale é poder olhar para trás e ver que, apesar dos desafios, se cresceu. E é esse crescimento que faz a diferença na trajetória de cada um, tanto pessoal quanto profissionalmente. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 22/08/2024
Alterado em 22/08/2024 Copyright © 2024. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |