Eu era bom com as pessoas, agora não sou, Fechei meu peito em muralhas de concreto, Um dia fui um livro aberto, um afeto, Hoje, o silêncio é o único que restou.
Nas reuniões não entro mais com fervor, A esperança, em mim, há muito se quebrou, O otimismo, frágil, se desbotou, Diante do mundo, do seu injusto horror.
Vitórias comemoro em mudo canto, Isolo-me, fones bloqueiam o mundo, Melhor é construir meu próprio espanto.
Não deixo que vejam o meu lado fundo, No drama, encontrei um estranho encanto, Na solidão, meu abrigo mais profundo. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 12/08/2024
Alterado em 25/08/2024 |