Sei que a dor desempenha um papel nas nossas vidas e que eventualmente nos ensinará algo – e não num instante, ainda acredito nesta noção. Mas ainda há noites em que me sinto péssimo por ter passado por sua fase mais profunda e solitária, quando tudo que eu queria era felicidade genuína e paz de espírito. Ainda há momentos em que me pego perguntando silenciosamente ao universo por que devo ser eu quem carrega tanto tormento? Tenho consciência de que o meu caso não é especial, porque todos também sentem o mesmo, mas não quero mais invalidar as minhas próprias emoções pensando no que os outros poderão dizer. Estou, e de alguma forma ainda, em angústia; Não posso deixar de duvidar desse processo de cura em que estou. Disseram que devo confiar, sim, mas até quando terei que apenas confiar? Até quando eu deveria me apegar à crença de que aquelas quedas que tive têm realmente esses propósitos e significados? Ainda tenho esperança de que aquele dia em que finalmente direi a mim mesmo que estou bem chegará, mas quanto tempo devo esperar por isso?

Quero aproveitar a vida, não apenas suportá-la. Quero mostrar meu sorriso verdadeiro, não apenas forçado. Quero também ter a minha parte na euforia deste mundo – e não apenas no seu inferno. Quero viver, não apenas existir neste planeta.