Amado silêncio que canta-me Em noites serenas de inverno, Em noite estrelada de verão E em todas as madrugadas...
Tu que me tens por inteira, Nua, exposta, inocente e vulgar! Tu que me invade a íntimo E explode a alma por dentro.
tenho escutado teus vazios, Melodias inquietantes hipnóticas Que desafia a existência de minha vida E deixa-me sem respostas!
Interdições de meus desejos, Barreiras de tais sentimentos... Te respondo em calorosos silêncios Que me calo enquanto devora-me!
Amo teu silêncio e voz do nada, Cada palavra tua não dita... Cada respiração tua que suponho Define meu amor que a ti devoto.
Teu abraço que acolhe angustias minhas Desse seio choroso... Que adormeço com teu nada, Enquanto enlouqueço na realidade!
Carrego no ventre teu gozo silêncio, O singular e o plural de ti, Na diversidade de teus demônios, Que me toma em gritos!
Indeterminado te mimo em ilusão E como ventania que assobia, Mostra-se real e tão ilusório, Que bebo tua presença, Velho companheiro, amante e amigo.
Um brinde ao sedutor silêncio, Nobre realidade de teu nada... Que não caibo, Mas pulso... Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 03/07/2023
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