decorei meu sorriso, aguardando tua chegada;
acostumei em transformar-me abrigo adorno de teu corpo franzino... poço de tua água límpida de inocência perdida. Perdida! perdida inocência tua. observei o tempo cantar canções pelo tica-tac quebrado; um erro do vento soprar amores fadados, falidos... Vingados! o reflexo no espelho de tua iris trás um corpo amaldiçoado, pedaço de alguém que nutri curiosidade, uma fome maliciosa, que me tomas em goles agitados descrevendo lamurias dizendo que é amor! decorei teu rosto com o sangue de minhas unhas... e te sentir rasgar o caminho seco, árido, empoeirado; de um gozo gozado sem brilho, sem charme sem a benção de algum cupido! qualquer um deles... Ainda assim, decorei meu sorriso embolado nas tranças de teus cabelos e entre os dedos os pêlos de tua barba... o peito arfante da ausência das manhãs ocultadas pelo escuro. negra luz que cega o que ora sinto. não sei se amor... se loucura... ... ou se minto! decorei meu corpo adorno de teu ser franzino, serpente entre as rosas sorrindo, cantam melodias diabólicas; um sarau para um jovens Deus insaciável... que não conquista. toma! que não pede. possui! que não envolve. determina! que não aceita o não... e faz da donzela o pão jaz amassado; jogado para o canto de um passado amargo. revivido em historias de um tic tac imaginário, sorrindo um sorriso pouco arrumado... regado em lagrimas quando as lembranças, surgem na´lma morto, calmo, frio... despedaçado! ...não é amor não é loucura. muito menos minto! n Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 17/05/2022
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