Metamorfo, vêm e pergunta: “Dorme?”
respondo em um bocejar: encontro-me aninhada no leito feito de ébano como assim descreveu Ovídio... “Dorme?” - Sussurra Morfeu nas primeiras horas da madrugada. Divindade que sonhos invade sem convite. Um ser alado que tudo se transforma e adentra, cria, recria, usa, satisfaz o desejo e foge antes do Deus Rá iluminar a madrugada queimando sonhos proibidos por Morfeu deixado! Ainda antes do Deus sol beijar os pés... Deixando o vento das asas que batem charmosos e num silêncio conhecido deixa sonhos impuro pulsado nos meios das pernas. “Dorme?” – E se faz presente sem ao menos saber na mente que treme a´lma por alguns toques e invasões com consentimento e bruta força lapidada em desejos... Morfina que deriva da historia fantástica e inebria almas agitadas e sugere um sono profundo, sem dor e sem lagrima... “Vá toda pessoa para os braços de Morfeu” e permita-se entregar teu íntimo, teu pudor e deleite em sonhos o que a realidade não permite por não haver o negro da noite, o fogo do pecado, a insana dor do prazer que sabe a hora, dia e querer... E chega assim, em um sussurrar se dormes ou se já sonhas em pecados. Personifica tremores incontroláveis, enquanto em sua caverna escura e repleta de flores, contempla o acordar de Deus Rá invadindo a´lma sorridente pela lembrança. E ele vem assim... – Dorme? E ela sorrir... Com "Bom dia!" Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 22/12/2021
Alterado em 08/02/2022 |