Deus e o significado de AFASTAMENTOS em nossa vida...
JESUS FALA DOS SEUS FAMILIARES Jesus deixa claro que o maior mandamento da lei é “Amar a Deus sobre todas as coisas” e o segundo mandamento é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”. Esse é, segundo Jesus, o maior mandamento e também, obviamente, o objetivo máximo do ser humano na Terra, ou da alma encarnada neste mundo. Observe que Jesus não disse: “Ama tua mãe”; “Ama teu pai”; “Ama teu filho”; “Ama teu irmão de sangue”; “Ama este ou aquele”. Não, Jesus não faz referência a isso. Jesus apenas diz para amarmos a Deus acima de tudo e amarmos o nosso próximo como amamos a nós mesmos. Em outra passagem, quando alguém avisou a Jesus que sua mãe e seus irmãos estavam o esperando do lado de fora, ele disse: “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” Jesus olhou a sua volta e disse: “Eis aqui minha mãe e meus irmãos. Porquanto, qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe” (Marcos 3:34,35). Nessa passagem Jesus deixa clara uma nova ideia de fraternidade. Jesus compreendia sua verdadeira família não como aquela constituída pelos laços consanguíneos, mas sim como uma irmandade universal, que todos poderiam fazer parte, e que o sentido dessa família maior seria a realização da vontade divina. Assim, Jesus expande nosso conceito de família para além dos laços biológicos e afetivos. Jesus não disse para amarmos uma ou outra pessoa. Ele deixou claro que devemos amar a todas as pessoas, de forma plena e incondicional. Isso está muito claro nos ensinamentos cristãos, assim como na doutrina de outras religiões. A fraternidade entre os seres não deve se limitar, não deve ser circunscrita; ser enquadrada apenas em nossos afetos biológicos ou nos relacionamentos amorosos. A família autêntica, verdadeira, natural e real deve abranger a todos; deve ser universal, romper fronteiras e englobar todos os seres viventes. Dessa forma, qual o sentido do afastamento das pessoas que nos são caras? Como já dissemos em outra ocasião, o significado é simples: Deus nos afasta daqueles que amamos para que possamos amar todas as pessoas. Deus não quer que amemos apenas uma pessoa, duas pessoas, três pessoas, dez pessoas. Ele quer que amemos todas as pessoas, todos os seres humanos, e que sejamos uma grande irmandade, uma fraternidade universal e espiritual, que não conhece barreiras, nem condições, nem qualquer tipo de restrição, forma ou requisito. O ser humano quase sempre ama de forma egoísta, limitada, cheio de posse e com várias condicionalidades. Eu amo ele, mas não amo você. Eu amo minha mãe, mas não amo a mãe dele. Eu quero que meu filho seja doutor, o filho do outro pode ser lixeiro que não tem importância. Eu amo meu namorado e o protejo antes do namorado da outra. Esse típico comportamento humano não é aceitável nos planos mais elevados do espírito. Para a alma, não há pais, filhos, irmãos, marido, esposa etc. Há apenas almas que foram criadas por Deus e que perseguem juntas o mesmo desígnio: o progresso espiritual e sua aproximação com Deus. Todos devem amar a todos, respeitar uns aos outros, um proteger a todos e todos protegerem um. As pessoas precisam compreender uma coisa muito importante: o amor limitado sempre nos conduzirá ao sofrimento, posto que, se eu amo uma pessoa e a perco, eu sofro. No entanto, se eu amar todas as pessoas, ou todos os seres da criação, como eu poderia perder algo? Quem ama apenas um, dois ou três, sofre… pois há sempre a possibilidade da perda, a saudade, a decepção, a traição, o ciúme etc. Mas quem ama o todo, não pode jamais sofrer, pois quem pode perder o todo, o cosmos, ou a fraternidade universal dos seres? Quando amamos a todos, não há perda… mas quando nosso amor é egoísta e abrange apenas um ou outro, sempre… sempre haverá sofrimento, seja pela distância, seja pela morte, seja pela traição, seja pela decepção, ou por qualquer outro motivo. Dessa forma, para Deus não faz sentido eu amar um e não amar o outro; não faz sentido proteger um e não proteger o outro; não faz sentido eu desejar o bem de um e estar indiferente ao bem do outro; não faz sentido eu tentar soerguer um e passar direto diante do outro que está quedado no chão. Vamos lembrar que Deus não conhece limites, fronteiras, condições, categorias, esferas, classes, posições etc. É certo que o plano divino não conhece limites, pois tudo no cosmos é infinito e eterno. Da mesma forma, o amor divino tampouco contém qualquer tipo de controle, redução, ressalva, condição etc. O amor de Deus abrange a todos, sem exceção. E para que possamos nos aproximar do amor divino, é preciso que nosso amor seja cada vez mais universal, impessoal, incondicional e ilimitado. Todos devem trabalhar pelo bem de todos… mas o ser humano ocupa-se apenas com o bem dos que lhe são caros, daqueles que ele tem algum afeto. Jamais haverá evolução enquanto uma pessoa cuidar apenas de quem gosta e deixar de lado todas as outras pessoas. O amor não conhece limites… o amor é universal, caso contrário, é apenas egoísmo, apego ou limites passionais e emocionais que continuarão mantendo o espírito preso e infeliz na noite sombria do sofrimento. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 06/06/2018
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