Quantos filhos já foram teus?
Diria dois... Filhos que desejou e não conheceu. Filho de uma poesia incompleta; De imaturidade exposta... De dores escritas em sonhos errantes Filho de um amor gigante! Um amor que dissecou a alma; Que fez cair do céu um ponto de esperança E junto com o câncer, O sonho foi removido sem dor, sem lagrima, O útero vazio e a surpresa de ter sido mãe Por algumas semanas sem mesmo saber! Um relacionamento estruturado... Quantos filhos foram teus? Diria que mais dois! Alegria, esperança, fé, olhos brilhantes... O mar em sangue; Vida se indo entre os dedos, Na palma da mão de mãe sem pulso! O contrair voluntario do útero, Expelir o que já não havia... Desespero, frustração, raiva e dó! Quantos desespero uma mãe sem filho poderá viver? Eu diria que todos... Há mães cheia de verdades e fantasias do que seja Perfeição, e buscam isso para diferenciar o belo do feio. E Deus nada faz para abrir tais olhos... Simplesmente dá o que ora pedes para evoluir; Enquanto mulheres de útero seco, Se conscientizam ser tias de desconhecidos, Tia de conhecidos, tia de tia... tias madrinhas, Tia de amor que não pede nada.... Apenas precisa esvaziar o tanto de sentimento que há no coração! Há mulheres indignas de ser mãe... Há mulheres que escolhem seus preferidos... Há mulheres que lutam para tê-los, Há mulheres que nada tem, E ainda assim, O pouco que têm escolhe sempre alguém, Que não mereça ser chamado de “meu” ou Meu também! Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 20/05/2018
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