As drogas e os assuntos sempre acabam
Somos parecidos n’alma e no corpo Me procuras nas tuas madrugadas Quando a insônia vêm em agonias E meu cheiro te invade na loucura Feito droga minando na ferida. No fundo de teu copo de álcool Meus olhos te molham a boca A última gota, lagrima imaginária Que teus olhos choram... Sou a droga de tua’lma solitária Diante de teu sono agitado... Os tremores incontroláveis; O mau humor súbito e agressivo; É quando procura qualquer dose de mim, Qualquer cheiro de meu ser; Ainda impregnado em tua’alma Cujo qual pertence outro corpo! As drogas acabam e os assuntos também Mas em teu ser-pensamento... Lateja muito ou quase tudo de mim; Pois somos idênticos n’alma e no corpo. És louco sem ser insano... Procuras em outras o que somente tenho; A boca louca e mãos ligeiras; Além de um par de asas negras que voa Em céus escolhidos por mim Onde colho meninos e seus vícios. Sendo tu meu reflexo de alma e corpo Que vejo e não possuo... e que me mata a cada minuto; Pela abstinência de não ter-te E da possibilidade rejeitada... Me resta odiar-te infinitamente pelo amor que sufoco e não morre E carrego essa Dor que tenho... Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 13/05/2018
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