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 Era uma dia chuvoso quando te conheci... Aguardava atravessar a rua e ao meu lado uma senhora de mais ou menos 60 anos de cabelos de algodão segurava no colo uma pequenina mocinha de lenço de milho cobrindo a careca mais linda que já acariciei.
Nesses dias escuros de descoberta de situações, de decisões erradas, de influências que destroem caminhos bonitos e parcerias que poderiam dá certo... Nesses dias que nada são positivos, que pessoas cruzam vida de pessoas para marcar a alma com feridas que nunca cicatrizam... Conheci, Aprendi e perdi meu amuleto da sorte! Foi no meio desse caos que me acalmei e me recarregava com um sorriso de uma menina franzina, de um sorriso arrebatador daqueles que abalam as nossas estruturas por ver a alma através de uns olhos que não existe. Isso mesmo não existe retina e nem globo ocular! A menina biônica, que através dos olhos de vidro enxerga o melhor que há através do toque, das pontas do dedo, do abraço, do tom da voz, do cheiro... Minha pequena menina biônica, meu grude, meu chiclete e meu melhor sorriso e minha força quando entrava na área infantil do Hospital Ophyr Loiola e lá vinha ela parecendo me enxergar de verdade... E quê quando eu chegava e falav, cadê os super-heróis desse quarto? E ela respondia... Com o sorriso mais lindo do mundo estampado no rosto : - “Eu tô vendo você de rosa, tia mone!” E ela sempre acertava, pois ela dizia que o rosa ficava lindo em mim, como ficava lindo nela também... E as vezes, o rosa verde era lindo, o rosa branco também... Até o Rosa preto para os olhos biônicos dela era lindo, pois eu sempre estava de rosa pelos olhos daquela menina tão pura e tão cheia de mim! Quantos sonhos teus eu tive vontade de realizar, Quantos sorvetes de açaí eu tive vontade de te levar pra tomar? Quantas historias eu ainda tinha pra ler ou pra escutar com você? Hoje minha estrelinha subiu ao céu e eu fiquei aqui de baixo te olhando a subir... E sabe menina biônica você estava linda de rosa! Sua espaçonave não era branca era Rosa... Fiz questão que fosse Rosa... e sob teu corpinho rosas brancas e rosas iguais a que você dizia sentir o cheio quando papai dó céu viesse te buscar... meu jardim, ficou sem a rosa dos olhos mais sinceros que ja vi! Valentina 26+04+2018. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 27/04/2018
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Tela de Claude Monet