08 meses de tua partida... E teu colo, tua voz e tua música procurei, mais já não há tua irônia... Só ha saudade!
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Alguma vez tua alma doeu a ponto de não compreender a rejeição? Ou mesmo de nunca ter sido rejeitada quando dizem querer-te por perto? Alguma vez teus olhos se afogaram em água de sal de um tipo de dor que incomoda e sufoca o sentir e nasce e cai e molha e nos cansa ate o sono acalentar tanta explosão de sentir que quanto mais se prende em não querer sentir mais sufoca o peito! Alguma vez amaste de verdade? Sim! Amei aquele que me mostrou que o prazer está no pensamento, na criatividade, no pensar e não no corpo com todos acreditam. Hoje lembrei de ti Guri. Lembrei dos eventos na galeria onde tu me fazias pedido de que não me deixava surpresa e sim me atiçava alma de um desejo inexorável vindo de teus olhos verdes. Verde dominantes... Que me dominava com os olhos, com os gestos, enquanto conversas e negócios eram fechados e risadas eram dadas, músicas envolvendo taças e drinks circulando no ar sob as mãos de garçons escolhidos a dedos. Hoje minha prece foi diferente dos outros dias... Queria teu sopro no corpo, queria sentir aquela calma que me tornava menina quando em teu colo teus dedos me acalentava. Quando a dor tomou conta do meu peito foi em ti que pensei e quis tua voz buscar... O antigo número liguei na espera de ouvir: - Guria minha! Excite meus ouvidos com tua voz. Oh saudade! No ultimo encontro que abracei teu corpo e beijei a cruz tatuada em teus braços, em lágrimas e ouvindo teu coração pulsar, balbuciei "que raios de ser humano sou eu! Se só sei amar quem à mim não pode ser?" E tu, levantou meu rosto e disse, "Guria minha, linda ate chorosa es feita de luz, amor e encanto que liberta almas presas em caixas de maçãs colidas como lima e vendidas como abacaxis! - E riamos e a tristeza de mim se dissipava em segundos." - Hoje queria uma palavra tua... um puxão de orelha, uma voz rispida me dando bronca e dizendo que merecia umas palmadas bem dada. - me fazendo sorrir! Te amei Guri! Hoje me dou conta que tu levaste com tuas cinzas minha esperança de viver como mulher, amante, amiga, fantasia, profana e Santa! Mais ora como tu dizias, não somos muito e somos raros e sendo raros nos sobra os medrosos... os oportunistas e os curiosos ate a hora de ir embora. Me levas? Tenho sensação que já não sei ser TEMPO. Necessito ser agora! Me levas! Como é o paraísos ai, tocas o Sax? Fecharei meus olhos e ao pé da cama apenas com o sobretudo vestido o chapéus Panamá teu sexo exposto... Um pé na cama tirando sons do sax em um jazz Blues de Nina Simone... Eu sorria... Te fitava verdes olhos e assin. Apenas assim me derretia! Ah! Como sinto tua falta... Era pra ti que sempre voltava quando a alma precisava de cuidado e acalento por ter fracassado. E tu guri! Soment tu sabes porquê sou assim! Hoje fiz uma prece pra tua alma... Que esteja em paz... A mesma paz que me toma no cair da lágrima e no ponto final desta carta, no mesmo momento em que toca feeling de Nina... SImone. Pela mulher que me fizeste, Sempre Guria tua.
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 03/11/2017
Alterado em 03/11/2017 Copyright © 2017. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |