A tempos, ou exatos 06 anos que o mês de dezembro me traz uma bucolidez... Um ar de saudade, um aperto no peito...
E hoje esse sentimento de saudade se fez ainda mais forte... O dia foi estranho, uma ora tinha sol e outras a chuva... E dai, me dei conta que faltam exatos 7 dias para o Natal e Natal é sinônimo de família... De presépio montado, arvore de natal e seus pisca-pisca em um cantinho sempre cativo da sala. E mais um ano, não vou ter minha irmã pra arrumar a casa... E mais um ano, o Natal será como tem sido nos últimos 06 anos... Sem a voz estridente de minha Magali e sem os causos do meu velho touro ao redor da mesa, enquanto eu ajudo minha mãe e fazer os quitutes pra ceia. Hoje me deu vontade de abraçar meu pai e pousar minha cabeça em seu colo, enquanto ele meio sem jeito acariciava meus cabelos... E nada falávamos e com toda certeza eu cochilava com esse carinho tão ele de ser em mim... E então, esse dezembro será igual a tantos outros dezembros nos últimos anos... A casa enorme, o silencio que grita, a mesa bonita, depois a ceia cada um para seu canto e dormir ate as 12hs do dia seguinte... Meu dezembro de agora poderia ser igual aos outros, mais será diferente por diversos motivos... Um deles e essa bagunça que tá aqui no peito, uma mistura de sorrisos e tristeza... De vida e de morte, de lagrimas e sonhos, de medo e coragem. Sorrisos, porque viver é bom; Tristeza, porque a vida nem sempre entende nossas forças pra lutar por algo e dai ela nos tira sem dó ou muito de vez em quase nunca ela avisa, que não vai dá certo e que haverá algum tipo de dor... Vida, porque a maquina aqui está funcionamento, afinal, sinto dor, sinto amor, sinto saudade, sinto fome, sinto medo, sinto tudo o que deixo vir ate à mim... Morte, porque e o fim da linha dos sonhos (e quem já esteve tão perto de abraça-la, sabe do que falo)! E Independente de idade, todos temos necessidade de sonhar e fazer planos e expectativas para os amanhãs... Vivo o hoje como se o amanhã não existisse é coisa de gente jovem que merece viver experiências para aprender a ter resistência a própria vida. mais a morte ainda é nossa única certeza... Lágrimas, porque somos pura emoção! Se feliz nos emocionamos, se raivosos seguramos a lagrima mais em um momento de solidão ela vem à tona... Ninguém e forte o tempo todo! Sonhos, porque esse faz parte de 80% do que andamos ate aqui... E só olhar pra traz e a gente percebe que tudo o que foi conquistado e sinal que sonhamos por varias noites em claro, ou por centenas de noites vagando por dentro de nossos próprios ideais... Medo, porque esse é a mola de tudo na nossa vida... Quem tem medo tem menos chance de se machucar e quem não tem tanto assim, vive com feridas abertas no coração, no pensamento, nas atitudes e principalmente na necessidade de avançarmos em frente rumo ao desconhecido, rumo ao novo... E por fim... Coragem! Esse e um pedacinho de sentimento que todos nos carregamos ao nascer... Afinal, se nascemos e porque tivemos coragem de vir a esse mundo tão estranho... tão cheio de medo, sonhos, lagrimas, morte, vida, tristeza e sorrisos! A coragem e a somatória de todos eles. Quem nunca sentiu medo diante de uma grande responsabilidade que no menor sinal de medo, surge das entranhas da alma aquela necessidade de fazer dá certo... De fazer valer a pena... Coragem não é para os forte, coragem é pra quem vive a vida e sua totalidade que sangra e que sorrir... Viver e ter coragem de errar, viver é ter coragem de acertar... E mesmo quando tudo acontece como a gente não esperava, o medo e a coragem fazem um sopro calmo do tempo para nos renovar e ter a bendita coragem de seguir... Mas voltando ao meu Dezembro... Descobri sentimentos bons, presenciei um sentimento divino de Deus quando ele se faz presente na vida das pessoas, dando o don de viver o que seja realmente a vida... Mais um dezembro diferente dos outros se fez agora... Chove! E não sei exatamente o que esperar... Só sei que não posso parar para que esse Dezembro se faça vivo meus mortos, afinal, não tenho fantasmas... Tenho lembranças de pessoas que queria uma chance pra eu falar tanta coisa... Porém, o “Eu te amo” que alguns dizem ser uma frase fadada e hoje prostituida e banalizada... Ainda exerce em mim um fascínio e um poder de amar quem comigo me faz sorrir e quem se apresenta disposto a ultrapassar barreiras para fazer qualquer pessoa feliz, e se for um desconhecido ganhará algumas estrelinhas com Deus... Meu dezembro nada mais será ou é do que o ultimo mês de um ano bom, desafiador, transformador, corajoso e amável... Ao meu pai meu velho touro meu amor eterno pelos pensamentos que me fazem sempre sorrir... À minha irmã e companheira de cuidados, minha voz mais enfática pra dizer que ama!! Obrigado Dezembro... Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 19/12/2016
Alterado em 19/12/2016 |