... Expressividade ...

"Decifra-me mas não me conclua, eu posso te surpreender! - Clarice Lispector

Textos


Ultimamente fiz uma retrospectiva de minha vida...

E pela primeira vez não sofri com a conclusão que cheguei. E pasmem... A conclusão e que olhando os relacionamentos de ontem pra trás, onde todos se foram por algum motivo ou mesmo o motivo de eu mesma decidir que não queria viver um afogamento em dores que não eram minhas ou tomar a ação preventiva de que não se chagaria a lugar nenhum que não seja apenas sexo, cama e que confesso que hoje não busco mas aventuras com aventureiros amadores!. 

Refletir que depois de toda tempestade causada por mim ou por algum motivo que justificasse o afastamento de uma relação não saudável... E como acontece que todo mundo eu sempre acabava sozinha e perdida! Porém, antes disso acontecer novamente me achei e me encontrei comigo mesma. E aquela velha frase que os textos de autoajuda sempre tem de que “não há melhor companhia do que a sua e não ha melhor amor do que o seu amor-próprio” é a mais pura verdade!!

Não há amigos, nem parente, nem ninguém que te fará melhor companhia do que você mesmo quando o mundo amoroso desaba. Posso está cercada de pessoas do bem e de luzes... Mas se eu tiver mergulhada na escuridão e no desespero pelo sentimento egoísta de propriedade por alguém ou por um sentimento de alguem...  de nada adianta a companhia de esses seres de luzes e bem que me acompanham! Eu preciso entender que qualquer situação de dor, de sofrimento é um achado apenas meu, eu preciso entender à mim mesma para depois poder olhar nos olhos das outras pessoas. Sem aquele olhar de sofrimento, de dó, de pena que as pessoas nos lançam nessa situação.
 
E foi então que pensando em um ultimo envolvimento carnal, amoroso e mágico... E que descobrir que não sei ser metade, que não entendo ser pedaços, que não compreendo chutar sentimentos para debaixo do tapete, e deixar que o tempo resolva algo que se precisa definir. E assim, permitir liberdade dos sentimentos para que esses possam viver fase de despreender-se, a fase de entender que relacionamentos amorosos terminam e que o sofrer e necessário para que possamos amadurecer e rever atitudes, ações, medos para sermos mais acertivos no proximo ao inves de guarda-lo em uma posição qualquer de contato no celular...
 
Um dia me falaram que eu era sábia de ter finalizado um ciclo para está pronta à iniciar outro...
Mas repare, isso não é sabedoria! isso e querer viver a intensidade de sermos inteiros, de sermos transparente com todos e principalmente consigo mesmo... Eu tenho o costume de sofrer e viver o luto de todo relacionamento que se acaba e que precisei deixar ir para que eu possa me senti livre para o próximo...

Sim!! Quem acabou foi o sentimento de outrora que não deu certo e eu continuo cheia de vida a compartilhar meus carinhos e dedicação com quem se aproxima de uma forma que me encanta!!
Ora, hipócritas? Não nem um pouco...

Sou exatamente isso que me apresento ser! Sem maquiagens, sem medo de quilinhos à mais, sem medo de pintar o cabelo de todas as cores do arco-íris afinal, isso e se permitir viver sensações, emoções e assim vem o tal do amadurecimento. Pessoas que tem medo de mudanças radicais são opacas, possuem um brilho apenas bonito aparentemente mais que não empolga alma...
Sim, que tal ser essa pessoa empolgante!

Seja uma pessoa que goste de experimentar coisas, viver coisas, conhecer coisas, ter curiosidade por coisas que te acrescenta na vida e não curiosidade por coisas que machuca que sangra que desespera, Ah! isso não e viver... Isso e apenas respirar o H2O que você sempre teve durante toda a tua vida. Tenha a curiosidade de se imaginar um paciente terminal que está ali apenas respirando um ar mecanico lutanto pra viver, enquanto você tem a possibilidade de respirar fundo esse ar (meio) puro em qualquer canto do mundo... 
 
Pois é, ter 37 anos, 02 tentativas de ser mãe que não deram certo... Duas faculdades concluídas, uma especialização e um MBA desses que pesa no seu currículo e sabe o que tudo isso traz ?? Liberdade de ir e vir... Liberdade de escolher aquilo que te fará mais feliz e realizado... Liberdade de cortar o cordão umbilical com a família e traçar seu  próprio caminho.

Claro! Ser livre, com ou sem filhos, não ter amores à não ser o seu proprio, sem ter nó e nem amarras com ninguém... SER LIVRE para se permitir viver tudo o que dá na telha viver e ir lá e meter a cara e às vezes dá certo... Outras nem tanto! Porém, e exatamente quando não dá certo que a gente cresce sabias? Que a gente entende o limite que não foi dado e que outras pessoas que nada tem haver com a historia e com o nosso caminho pode se machucar e sofrer pelo fato de não ter um objetivo muito claro do que se quer!?
 
Meu ultimo aprendizado e conhecimento de mim mesmo, é que ir embora de quem a gente ama ou se apaixona ou gosta e uma decisão difícil, porém , necessária quando você convive com o sentimento de sofrência da pessoa querida...

E por não aguentar ver aquilo, você se joga totalmente em uma fogueira que também não foi preparada por você... Pessoas simulam pessoas, simulam características, simulam pena, simulam uma dedicação fantasmagórica como se tudo no mundo dependência de uma única pessoa para amar, viver, gozar, se realizar, sonhar e morrer...
 
Eu hem!!!
Se aos 26 anos decidir deixar o conforto de minha casa com meus pais para aprender a viver no mundo corporativo, por qual motivo eu iria me permitir viver uma fantasia de alguém que nunca se limitou viajar dentro de seus próprios medos de mudar... Não gente... Eu não me permito ser atriz de um teatro que não é meu!!
 
Porém, tomei a decisão de assumir algo que nem minha imaginação fértil planejaria algo tão baixo e tão desesperador que é jogar baixo para afastar alguém do caminho por achar que pode está perdendo um espaço no jogo do amor...

Eu tomei a decisão de sair pela porta do fundo de um joguinho baixo e sujo, enquanto que o outro ficou ali parado calado, sofrendo e sem tomar nenhuma ação ou decisão do que queria pra si.

Foi ai que compreendi que não era eu para está ali.

Quem armou o circo, conseguiu os aplausos, quando tomei a coragem que sempre me veste e fui embora de uma tempestade e de uma fogueira que não era minha, mas que me queimava e me afogava ao perceber por quem eu tinha me apaixonado e amado, sofrendo dentro de seus próprios medos, indecisões, por uma possível perda não de uma... Mas de duas!
 
E foi então que sai de cena...
 
Sou intensa demais para almas que falam que gostam de resolver suas coisas com cautela... Cautela deve ser usada, para tomar a iniciativa que trará algum sofrimento! Eu prefiro a porrada no soco do estomago do que ser morta com conta-gotas pelo medo, de sei lá o que...
 
Tudo na vida é aprendizado!
E nesses últimos 02 meses, aprendi que minha solidão e o meu melhor amante... Que não há alma nesse mundo que consiga acompanhar meu desejo por viver o limite que a vida me permitir, de experimentar coisas, sabores, sensações, sentimento e dissabores... Sim, mais tudo de um jeito novo e não o mesmo de sempre.
 
Não suporto rotina... Não compreendo o medo de ousar na mudança de dentro pra fora que o ser humano tanto tenta esconder...
 
Amo Clarisse Lispector por isso...
(...) Me ame ou me odeie, porém, no fundo do teu eu... Me amarás pela coragem que tenho e que te falta em ser feliz na vida (...)


instagran:@mone_tcarmo
Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 10/09/2016
Alterado em 19/09/2016


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