""Pablo Neruda""
Não te amo como se fosse de sal, topázio. Ou flecha de cravos que propagam o fogo: Te amo como se amam certas coisas obscuras, Secretamente, entre sombra e alma. Te amo como planta que não floresce e leva Dentro de si, oculta, a luz daquelas flores, E graças a teu amor vive escuro em meu corpo O apertado aroma que ascendeu da terra. Te amo sem saber como, nem quando, nem onde, Te amo diretamente sem problemas nem orgulho: Assim te amo porque não sei amar de outra maneira, Senão assim deste modo em que não sou nem és Tão perto que tua mão sobre meu peito é minha Tão perto que se fecham teus olhos como meu sonho Releitura da Obra acima de Pablo Neruda! Não te amo como algo impossível Que não tenha amado a carne que beijei Te amo como mistério que cerca o mundo Coisas de outras vidas, outros rumos... Te amo com a certeza de que respiro Na realidade de doce momentos vividos Paginas de minha vida marcada, Por ti assinada! Amo-te sem entender se é certo Sem buscar razão na distancia Amo-te no silencio de teus lábios Na realidade que nos cerca... Sem passado! Deste modo sou tua eterna lembrança Onde em meu peito por ti vibra um coração E nos sonhos amo-te com tal ardor Que em meu leito tem cheiro de teu doce amor! Releitura da minha Releitura de Pablo Neruda,pelo poeta Dilton. Não te amo como herança genética Que trás no peito um jeito sem percepção. Te amo sim, como ária poética Com a certeza que não canto em vão Transpiro a nobreza deste louco amor Folhetim de almas amalgamadas E em tantas páginas devassadas Convicção de quem um dia sonhou Não me importa o que pulsa no peito Se tem o jeito dum sorriso em tua face, Se faz a vida relevar os defeitos E sobrepor qualquer desenlace Te amo sim, em total sintonia Com o vibrar do teu coração Exorcizando qualquer agonia Que em nossa alcova traga inquietação. Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 17/01/2007
Alterado em 17/01/2007 Áudios Relacionados:
Te amo (Poesia do Meio) - Monet Carmo
|