Nas asas de um avião,
Fujo da fumaça, fogo sem paixão. Aqui de cima vejo, onde tudo era verde Agora, neve de cinzas e carvão; incompreenção. A ganância que promove as queimadas, Não se comove com tamanha devastação. Para onde olhamos; nuvens de fumaça Arde nos olhos, pertuba a respiração. Que cultura é essa: Ignorância? Não tenho certeza. A certeza; não há explicação que me convença, Dessa tradição da ignorância, exercida por esperteza. Quando o fogo se desfaz, a vida some Na imensa negritude que marca o chão. Passáros desolados, nem cantam; Animais chamuscados, atormentados, nem sabem fugir. A natureza arde pelo calor provocado, Somado ao calor da natureza região. Ah, haverá o momento em que a natureza cobrará Tudo que lhe foi tirado, e não venham com lamentações. Quem quebra o ciclo, assume o risco das devastações. A natureza nos observa, depois cobrará explicações. Que mundo é esse, escuro carvão? Obra da ganância do homem sem coração... Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 02/11/2010
Alterado em 03/05/2011 |