Cremes e óleos derramados no corpo
A cabeça simplesmente dói com a luz Mesmo no frio a pele transpira e pinga Olhar pra tela do computador é concentração. Querer ler e escrever, são martirizante! A retina parece seca e a pestana pesa O piscar arde e a vista embaça... Tenta, para, tenta de novo... Para! Veias vermelhas e pele arroxeada Braços inchados e o corpo fadado O leito parece duas vezes maior; É impossível chegar ao outro lado. O estomago revira do cheiro qualquer Ânsia da ânsia de tudo findar... Unhas quebradiças, lábios sem vida Mais os olhos lúcidos, rápidos buscam... Busca algum carinho de alguém querido (a); Busca uma palavra que afasta a dor Busca um desejo de desejo... Busca o que sabe que nunca terá, virá: O inesperado que traz o sorriso... Então fecha os olhos e volta à escuridão Tranca a luz do lado de fora do corpo E a cabeça lateja e o corpo pede um pouco de droga. A dor para por algumas horas... Mas os dedos buscam por pra fora O que alma chora, grita e incomoda! Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 25/04/2010
Alterado em 25/05/2010 |