°°° Do “se” fosse eu!?
O tiro que poderia ter sido meu A cabeça pendida pela morte de sonhos Não tenho sonhos, porque não eu? Fatalidade que corre a’lma... Buscam-se os “por quês” A vida que se fora na estupidez A vida que fica e vaga sombria... O amigo que doou muito mais que vida E se foi no lugar de quem brinca com acaso Se acaso foi a prematura morte... Acaso seria se fosse a madura dor que mata E se espalha sem alarde pela alma. Poderia ser tantos ou ninguém... Mais foste tu que agora não a tenho, E fica esse vazio que corroe e fere Que sangra e fenece... Poderia ter sido minha vida, Poderia não ter meus olhos abertos O sofrer abraça e não larga o peito A cabeça pesa e treme o seio. Onde jazem sonhos quase mortos Onde jazem sorrisos fracos... Onde jazem desejos ilusórios; Onde jaz algum amor devolvido. O acaso que me tirou do caminho, A bala que deveria estilhaçar meus medos Se fez curva e acertou pensamentos nobres Sonhos reais, sem ser ilusórios... Foram todos embora no susto E fiquei com as amarguras... Do “se” fosse eu!? Monet Carmo
Enviado por Monet Carmo em 02/03/2010
Alterado em 07/06/2010 Copyright © 2010. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |